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Valentina Shevchenko em foto aproximada de seu rosto com um penteado rabo de cavalo.
Ex-campeã, Valentina busca uma revanche imediata contra Alexa Grasso para reaver o título até 57 kg do UFC - Louis Grasse/PxImages

UFC

Valentina Shevchenko insinua que juiz pode ter contribuído para derrota no UFC

No início de março, durante o UFC 285, um dos reinados mais longos e dominantes da organização chegou ao fim quando Alexa Grasso finalizou Valentina Shevchenko na disputa do cinturão dos pesos-moscas (57 kg). Quase um mês após o duro revés sofrido, a agora ex-campeã do Quirquistão opina que um fator que não estava no seu controle durante o confronto pode ter contribuído para o resultado negativo: o árbitro escalado para o duelo.

Em recente participação no programa ‘The MMA Hour’, ‘Bullet’, como é conhecida, demonstrou claramente seu descontentamento com Jason Herzog, juiz responsável por mediar sua última luta diante da rival mexicana. De acordo com Valentina, algumas ações do árbitro no decorrer do combate podem ter minado seu gás e afetado, mesmo que indiretamente, sua performance no octógono mais famoso do planeta.

“Nessa luta, estávamos no chão, eu na guarda dela lançando golpes duros e ele decidiu em nos levantar para voltarmos para o striking. É uma situação que afeta a lutadora, por tudo que ela faz para derrubar sua oponente, gastamos muita energia para conseguir a primeira queda e depois para segurá-la. Então quando conseguimos, queremos usar isso a nosso favor. E quando foi decidido: ‘Não, na minha opinião você não tem que estar aqui, tem que lutar em pé’. Isso vai contra você porque afeta sua performance, e porque você tem que construir toda a situação novamente. Pode ter acontecido o que aconteceu (derrota) por uma (junção) dessas pequenas situações”, opinou Shevchenko.

Incômodo antigo

Coincidentemente, Jason Herzog também foi o juiz escalado para atuar no penúltimo duelo de Valentina, quando a quirguistanesa defendeu seu cinturão diante de Taila Santos, em confronto bastante equilibrado. Na ocasião, a então campeã até 57 kg também admitiu que não concordou com uma intervenção do árbitro que, em sua visão, acabou ajudando sua adversária brasileira.

“Acho que uma pequena situação, como a que aconteceu na luta, pode afetar a performance. Nunca tinha parado para pensar, mas é claro na minha mente algumas ações que o juiz fez na luta, que não entendo. Ele mediou minhas duas (últimas) lutas. Na primeira, com a Taila, teve uma combinação que terminei com um chute na cabeça e senti ela (mal) e queria acabar com a luta logo, mas ele parou a disputa e a deixou respirar”, relembrou.

Aos 35 anos, Shevchenko é considerara uma das lutadoras mais completas da história do MMA feminino. Em seu cartel como profissional, a ex-campeã do UFC soma 23 vitórias e apenas quatro derrotas – para Amanda Nunes (2x), Liz Carmouche e o mais recente revés sofrido contra Alexa Grasso.

Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

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