O imbróglio que envolve Jon Jones e Dana White parece estar longe de um desfecho final. O ex-campeão dos meio-pesados (93 kg) do Ultimate solicitou uma alta remuneração para estrear no peso-pesado diante do campeão Francis Ngannou. No entanto, o presidente da organização iniciou uma guerra com o atleta ao sugerir que ele estava com medo da luta e não pretendia abrir a carteira para pagar o que o lutador pediu.
O treinador de Jones, Mike Winkeljohn, deu sua visão sobre a polêmica. Em entrevista à ‘Submission Radio’, o profissional comparou o tamanho desse possível duelo do seu pupilo contra Ngannou com apresentações do pugilista Floyd Mayweather, que faturou milhões quando subia aos ringues, para justificar o alto pedido de ‘Bones’.
“Acho que essa luta pode ser facilmente tão [grande quanto] algumas das lutas de [Floyd] Mayweather. Quanto Floyd Mayweather fez? Cem milhões de dólares? [Mayweather] era meio que seu próprio promotor. Então, Jon tem que compartilhar isso com o UFC sobre às vendas de pacotes de pay-per-view”, disse, emendando.
“Não vejo por que não seria uma luta de 50 milhões de dólares [cerca de R$ 282 milhões]. O UFC precisa de um superstar como Jon Jones. Conor [McGregor] foi o cara por um tempo, e ele caiu. Esses grandes nomes que trazem o dinheiro do UFC”, concluiu.
Para Winkeljohn, o poder dos fãs pode ser fundamental para que essa história tenha um final feliz. De acordo com o treinador, o desejo do público em assistir um confronto entre Jones e Ngannou pode fazer o UFC ceder e efetuar o pagamento que o americano deseja.
“O que Dana está disposto a dar e o que Jon está disposto a receber, ninguém sabe além daqueles dois o final da história. Então, está no ar agora. Veremos. Quem sabe, pode haver uma luta no meio, só porque as negociações vão continuar. Mas eu acho que os fãs querem ver essa é a luta”, explicou o técnico, antes de finalizar.
“Eles querem ver o homem mais assustador, que para mim é Jon Jones, mas para eles, por ter esse poder de soco, Francis é o homem mais assustador que existe. Eles querem vê-lo lutar o melhor de todos os tempos”, completou.
A última vez que Jon Jones atuou pelo Ultimate foi em fevereiro de 2020, quando defendeu o cinturão dos meio-pesados diante do compatriota Dominick Reyes, em triunfo por decisão unânime dos jurados. Meses após este compromisso, o atleta divulgou que abriria mão do título para focar em sua transição de categoria.