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Tom Aspinall é um dos principais nomes do peso-pesado do UFC
Tom Aspinall é o atual campeão peso-pesado do UFC - Scott Garfitt/PxImages

UFC

Tom Aspinall freia empolgação dos fãs sobre volta de Jon Jones: “Falsa esperança”

O retorno oficial de Jon Jones ao programa antidoping do UFC provou que o ex-campeão meio-pesado (93 kg) e peso-pesado está realmente disposto a encerrar sua aposentadoria e voltar à ativa, tendo como objetivo garantir uma vaga no especulado card na Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, em 2026. Quem não parece ter se animado nem um pouco com a possível volta de ‘Bones’ foi o inglês Tom Aspinall, atual detentor do cinturão linear dos pesados e principal candidato ao posto de adversário do americano.

Em aparição no programa ‘The Ariel Helwani Show’, Aspinall freou a empolgação dos fãs por uma possível superluta contra Jones no UFC Casa Branca, como o hipotético evento tem sido chamado, e classificou as recentes ações do rival como “falsa esperança”. Isso se explica pelo histórico recente envolvendo os dois.

Quando Jones ainda detinha o status de campeão linear e Aspinall era dono do cinturão interino da divisão dos pesados do UFC, a expectativa era de que os dois duelariam em uma disputa pela unificação do título da categoria. Porém, após uma longa ‘novela’, fruto do desinteresse do americano no confronto contra o inglês, ‘Bones’ anunciou sua aposentadoria e os fãs ficaram sem o tão aguardado combate.

“É muito chato (esse assunto). Já tenho uma luta, estou focado nela. Nas próximas 10 semanas da minha vida, tudo que penso é no Ciryl Gane e como vencê-lo. Ficou zero segundos na minha mente (a chance de encarar Jon Jones na Casa Branca). Não estou interessado, e o mundo não deveria estar interessado também, porque qual é o sentido? É falsa esperança”, disparou Aspinall, que assumiu o cinturão linear dos pesos-pesados com a aposentadoria de Jon Jones e vai colocá-lo em jogo contra Ciryl Gane no UFC 321, em outubro.

Sem interesse no UFC Casa Branca

Mais do que apenas mostrar ceticismo quanto a um possível retorno de Jon Jones para atuar no UFC Casa Branca, Tom Aspinall parece não se interessar na possibilidade de competir no evento que deve servir como uma espécie de celebração ao 250º aniversário da Independência dos Estados Unidos, em julho de 2026. Até mesmo por representar a Inglaterra, país contra o qual os americanos enfrentaram na Guerra da Independência, o campeão peso-pesado do Ultimate não se vê fazendo parte do card comemorativo.

“Seria uma experiência legal, mas sinto que os americanos deveriam ter a chance (de lutar) na Casa Branca. Não sou americano. Trump e a posição política na América não me incomoda. Não sou um grande apoiador do Trump, ou não sou contra ele. Eu não sei nada sobre as políticas americanas. Não sou americano, não moro lá, não faço nada lá além de pagar impostos e lutar lá. Então, toda essa coisa é irrelevante para mim”, concluiu.

Dana White segue a mesma linha

O próprio Dana White parece concordar com a opinião de Tom Aspinall. Ao ser questionado recentemente sobre a possibilidade de ter o ex-campeão meio-pesado e peso-pesado como uma das atrações do aguardado evento do UFC na sede do governo dos Estados Unidos, o presidente do Ultimate classificou a escalação de Jon Jones como um grande risco para um card tão especial e, praticamente, descartou as chances do americano entrar em ação na Casa Branca.

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Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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