Neste sábado (20), Mayra Sheetara e Raquel Pennington se enfrentam no ‘co-main event’ do UFC 297, no Canadá, em disputa válida pelo cinturão peso-galo (61 kg) da organização. Apesar da importância do confronto, a própria brasileira já reconheceu que o trabalho de promovê-lo, atraindo assim a atenção de mais público, tem sido difícil – muito por conta da relutância de sua rival em engajar no ‘trash talk’. Com isso, a mineira adotou uma postura mais agressiva nas palavras, atitude que foi questionada pela americana.
Durante sua participação no media day do UFC 297, na quarta-feira (17), Raquel Pennington reafirmou que não pretende mudar sua conduta para ‘vender’ o duelo contra Mayra Sheetara, mas não deixou de ‘cutucar’ a brasileira. Além de acusar a lutadora mineira de interpretar uma “personagem”, a veterana também deixou claro que, na sua opinião, sua adversária vive em uma espécie de realidade paralela, na qual ela teria sido a primeira opção do Ultimate para protagonizar a disputa de título deste sábado.
“Ela é uma personagem. Tudo que ela vem falando é realmente divertido para mim. (…) Não sei quem ela pensa que é agora. Estou nesse esporte há muito tempo, e tenho estado no top 10 pela maior parte da minha carreira no UFC. Para ela sentar aqui, eles estavam tentando achar outra oponente porque Julianna (Peña) estava machucada. Era para ser eu e Julianna. Então, para ela pensar que deveria ser ela e Julianna. Eu amo o mundo que ela está vivendo na sua própria mente, mas ela está um pouco confusa“, declarou Pennington.
Disputa pelo título vago
O cinturão peso-galo feminino do UFC está vago desde a aposentadoria da baiana Amanda Nunes, antiga soberana da categoria, em junho do ano passado. Inicialmente, Julianna Peña, Raquel Pennington e Mayra Sheetara – números 1, 2 e 3 do ranking, respectivamente – despontaram como as favoritas para protagonizarem a próxima luta de título da divisão, mas a primeira acabou perdendo a disputa pela vaga para as rivais em razão de uma lesão.