Os atletas brasileiros marcaram presença no UFC 256, porém o evento realizado no último sábado (12), em Las Vegas (EUA), não apresentou bons resultados para o país. Dos seis representantes na atração, apenas Charles do Bronx venceu seu combate e a noite ruim teve início já no card preliminar. Nele, Renato ‘Moicano’ foi nocauteado por Rafael Fiziev no primeiro round, em desfecho que gerou discussão na comunidade do MMA a ponto do atleta de Brasília lamentar o modo como o duelo foi definido.
Em entrevista ao site ‘MMA Fighting’, Renato reclamou da interrupção do árbitro, cravou que ela foi prematura e garantiu que tinha condições de seguir no combate, uma vez que não teria perdido a consciência com o ataque do adversário. Apesar da crítica, o brasileiro destacou que entende que a função do árbitro é, justamente, proteger os atletas, mas lembrou que passou por situações parecidas ao longo de sua carreira e não só se recuperou nas lutas, como também as virou.
“Acho que o árbitro errou, porque, se você olhar bem, também revi a luta e eu estava fazendo guarda. Estava de guarda fechada, começando a trabalhar e o árbitro interrompeu. Eu entendo ele. Não é fácil vir aqui criticar o árbitro e dizer que ele está errado, porque fui atingido duas vezes e caí. A primeira reação dele é proteger o lutador, mas essa é uma luta de MMA. Já fiquei mal antes, continuei lutando e venci. Isso aconteceu mais de uma vez na minha carreira no Brasil. Não estou dizendo que é isso que teria acontecido, mas a verdade é que eu estava pronto. Sabia que era uma possibilidade. Sou um lutador bem treinado no chão. Na minha opinião, o árbitro errou e deveria ter deixado a luta continuar, mas, ao mesmo tempo, o entendo porque eles têm que interromper cada vez mais cedo. Eu estava na luta. Senti que perdi a perna, mas não perdi a consciência em nenhum momento. É difícil dizer, claro. Você vai assistir ao vídeo e vai ver que fui atingido, caí, mas estava me protegendo o tempo todo”, declarou ‘Moicano’.
A dura derrota impediu Renato ‘Moicano’ de se aproximar do top-15 do peso-leve (70 kg) do UFC, que precisou de apenas 44 segundos para finalizar Damir Hadzovic em sua estreia na categoria. Antes de se aventurar na nova divisão, o brasileiro figurou entre os melhores lutadores do peso-pena (66 kg) e, na classe, foi derrotado apenas por grandes nomes, como Brian Ortega, José Aldo e pelo ‘Zumbi Coreano’.