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Rafael dos Anjos elogia ‘Do Bronx’, mas crava: “Tenho jogo para ganhar dele”

Ex-campeão do peso-leve (70 kg) do Ultimate, Rafael dos Anjos está de olho em uma chance para retomar sua coroa na divisão. Mas para isso, o brasileiro vai ter que passar por Charles ‘Do Bronx’, atual número um da categoria e, que em sua próxima atuação, vai brigar para recuperar o título que lhe foi tirado por uma falha na pesagem do UFC 274. Por isso, o atleta natural de Niterói (RJ), analisou o compatriota e deu seu recado.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, Dos Anjos não deixou de elogiar o atual momento de ‘Do Bronx’. Com a experiência de já ter passado por essa situação de ser o homem a ser batido na categoria, o brasileiro destacou o jogo mental que o faixa-preta de jiu-jitsu adquiriu para conseguir superar situações adversas.

“Ele está com o jogo muito completo, está confiante e no momento dele. Lutador é cabeça. Tudo se encaixou bem para ele agora. Eu vejo nas últimas duas lutas, tomou dois knockdowns na luta e faltou confiança para os outros lutadores de irem para cima da guarda dele, mas os caras não tinham confiança no jogo de chão. Mas mérito do Charles, se recuperou bem dos knockdowns, teve a calma de ir para cima botando pressão e finalizar caras duros como (Dustin) Poirier e (Justin) Gaethje”, afirmou.

Embora elogie o jogo do ex-campeão, Rafael dos Anjos demonstrou confiança que tem todos os predicados para encerrar a série de 11 triunfos seguidos do paulista no Ultimate. Uma das justificativas para o pensamento do lutador é por também ser oriundo do jiu-jitsu e, ao contrário dos últimos rivais do paulista, não temer a sua especialidade.

“Tenho jogo para ganhar dele. Eu lutaria MMA com ele, faria meu jogo. Tenho recurso no chão, treino jiu-jitsu desde os oito anos. Tenho a filosofia que morro de frente, não dou as costas. A gente que é do jiu-jitsu e treina há anos temos isso de não darmos as costas. Os caras que ele enfrenta dão as costas, se desesperam, não querem fazer jiu-jitsu. O Poirier caiu por baixo, abraçou, não se mexeu e isso mostra desespero. Junta o desespero de um com a técnica do outro, facilita. Seria uma luta ótima para os fãs”, adiantou o lutador que tem dez vitórias por finalização em seu cartel no MMA.

Mas para pensar em encarar ‘Do Bronx’, Dos Anjos precisa primeiro passar por Rafael Fiziev, seu próximo adversário no dia 9 de julho. Mas, por ser um ex-campeão veterano na organização e viver uma sequência positiva de resultados, o brasileiro considera o embate como praticamente de eliminatória para ele chegar ao cinturão e não descartou, em caso de novo triunfo, esperar somente um duelo pelo título.

“Ganhando do Rafael Fiziev serão três vitórias seguidas, sendo um ex-campeão da categoria. Eu voltei para a divisão por um pedido do UFC, pois eles me queriam de volta na categoria. Então acho que ganhando do Fiziev eu estou em uma posição de sentar e esperar até mesmo uma luta pelo cinturão. Assinei umas três vezes para encarar o Makhachev e estou aceitando enfrentar caras que ninguém quer. Ganhando, pela história que tenho no evento, posso ficar na posição de sentar e lutar somente contra o campeão. Não vou ficar de joguinho de xadrez com o resto da divisão não”, completou.

Rafael dos Anjos alcançou o auge de sua carreira em 2015, quando conquistou o título dos leves do UFC e o defendeu em uma ocasião. Após a perda do cinturão, o lutador decidiu subir de divisão e atuar nos meio-médios, mas não repetiu o mesmo sucesso. Por isso, decidiu retornar aos leves em 2020 e possui dois triunfos seguidos, o mais recente no dia 5 de março, quando superou Renato ‘Moicano’.

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