Em uma categoria em que Alexandre Pantoja já derrotou boa parte dos principais postulantes ao cinturão, o nome de Muhammad Mokaev, número 7 do ranking, era cotado como o mais provável para a vaga de desafiante, uma vez que significaria um desafio inédito ao campeão. No entanto, apesar do ‘hype’ ao seu redor, a invicta promessa dos pesos-moscas (57 kg) viu Steve Erceg, número 10 da divisão, ‘furar a fila’ e ganhar a oportunidade de competir no Rio de Janeiro, em maio. Preterido, ‘The Punisher’ analisa o confronto e aposta suas fichas em uma defesa de título bem-sucedida do brasileiro em seu país natal.
Em entrevista ao canal do Youtube da ‘TNT Sports’, Mokaev destacou que, em sua opinião, Erceg – que disputou apenas três combates no UFC – não está preparado para enfrentar um adversário do calibre de Pantoja. Apesar de legitimar as credenciais do australiano, o prospecto da categoria opinou que a experiência do campeão brasileiro deve ser o fiel da balança na disputa programada para o dia 4 de maio.
“Acho que o Pantoja vai vencer. Acho que o Erceg ainda está verde, não tem tanta experiência para lutar contra o Pantoja. Pantoja é muito experiente. Ele é uma fera nesse esporte, um lutador intimidador. Ele vem, tenta te finalizar já nos segundos iniciais, e quando não consegue, ele quebra. Esse é o detalhe que aprendi assistindo o Pantoja, eu treinei com ele e sei que tenho as ferramentas para vencê-lo. Erceg tem um boxe muito bom, mas seu jogo de chão não está à altura. Até porque ele acabou de lutar, não é um wrestler, não tem condição de trabalhar por cinco rounds. Todo grande striker, quando é quedado, não consegue manter o nível da trocação do primeiro round no segundo e terceiro assaltos”, analisou Muhammad.
Casas de apostas corroboram discurso
A opinião de Mokaev é reforçada pelas principais casas de apostas. De acordo com as probabilidades, Pantoja desponta como amplo favorito para o embate diante de Erceg. Além da bagagem dentro do Ultimate, o atleta de Arraial do Cabo (RJ) terá a seu favor um ginásio recheado de fãs brasileiros que tendem a transformar a ‘Rio Arena’ em uma atmosfera hostil para o desafiante australiano.