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Paulo ‘Borrachinha’ descarta perda de foco com provocações de Adesanya

Maior rivalidade da temporada 2020 no MMA, Paulo ‘Borrachinha’ vs Israel Adesanya encabeça o primeiro card do retorno do UFC à ‘Ilha da Luta’, no dia 26 de setembro. Até o momento, a animosidade e o clima hostil entre os lutadores garantiu divulgação instantânea para o evento, ao mesmo tempo que elevou a atenção para uma possível desavença entre eles nos bastidores do show. Cenário que não ganha força no discurso do brasileiro.

Desafiante ao cinturão dos pesos-médios (84 kg), Paulo ‘Borrachinha’ conversou com a imprensa na última quinta-feira através de um ‘media day’ virtual e descartou a possibilidade de perder foco ou atenção com as seguidas troca de provocações com o rival. Apontando para o lado profissional do embate, Borrachinha ressaltou que a meta mais importante é garantir o título.

“É profissionalismo”, frisou o atleta. “Vou bater nele independentemente de qualquer coisa. Se eu falar que vou bater com mais vontade agora, quer dizer que antes eu não estava (com vontade)? A gente vai lutar pelo título. Eu vejo de uma forma, vejo que o título já me pertence. Tenho que ir para dominar, apagar ele, não dar chance”.

A postura do brasileiro chama a atenção em meio ao cenário criado por eles, em que contînuas provocações de ambos os lados dominaram os noticiários nas últimas semanas. No entanto, Borrachinha reafirmou que, ao menos de sua parte, suas frases são críticas e análises ao estilo de Adesanya, campeão do UFC.

“Eu falo em cima de algo que acontece. Ele foge, evita luta, não fui eu que inventei algo. É visível. Ele, quando enfrentou caras com poder de nocaute, evitou (a luta). Ele chegou a correr do (Yoel) Romero. Virou as costas e correu, por isso chamo ele de ‘runnersanya’, o corredor adesanya (risos)”, brincou, antes de proferir uma irônica comparação.

“O (Usain) Bolt pegou COVID, então agora o Adesanya é o corredor número um do planeta (risos)”, afirmou, alimentando ainda mais as desavenças com o kickboxer nigeriano.

Confiante como de costume, o atleta de 29 anos não comentou muito sobre a estratégia, embora tenha deixado no ar a possibilidade de adotar um diferente estilo no octógono. Nocauteador nato, Borrachinha conquistou 11 de suas 13 vitórias por nocaute mas, diante de um kickboxer de gabarito internacional, sua faixa preta de jiu-jitsu pode ser usada.

“A previsão é de nocautear, finalizar… Estou treinando muita queda também, imagina fazer ground and pound nele. Estou esperando que a luta não chegue nem no terceiro round”, finalizou.

Editor da Ag Fight e colunista do UOL, Diego Ribas cobre MMA desde 2010 e atualmente mora em Las Vegas

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