Renato Moicano voltou a ser assunto no mundo do MMA após revelar, durante seu podcast ‘Show Me The Money’, que recusou o valor da indenização do processo antitruste movido por ex-atletas contra o UFC. O acordo judicial resultou em uma compensação de US$ 375 milhões (pouco mais de R$ 2 bilhões), a ser dividida entre lutadores que atuaram na organização entre 2010 e 2017.
De acordo com o brasileiro, que estreou na companhia em 2014, ele teria direito a um valor entre US$ 100 mil e US$ 150 mil (cerca de R$ 554 mil a R$ 831 mil), mas optou por não aderir ao acordo por questões morais. Sem poupar palavras, criticou duramente os colegas que aceitaram o pagamento.
“Sabe o quanto eu amo o UFC? Eu não aceitei o dinheiro que eles mandaram para os lutadores. Aquela p*** de processo… Era só colocar meu nome lá. Mas eu não aceitei. Todos os lutadores que aceitaram aquele dinheiro são uns filhos da p***, sem moral. Dinheiro fácil, cheque de graça. Eu lembro do meu primeiro contrato no UFC. Era 8-8. E eles falavam: ‘Isso foi errado com você, o UFC te explorou’. Eu concordo. Mas isso não muda o fato de que eu aceitei aqueles termos na época”, disparou.
Mesmo reconhecendo falhas na política da empresa — como a proibição de patrocínios nos uniformes —, Moicano afirmou que assumiu os riscos ao assinar o contrato, reforçando que cada atleta tem a liberdade de negociar ou não com a companhia. A fala repercutiu nas redes sociais, onde o lutador recebeu críticas.
“Estou impressionado com a quantidade de pessoas me xingando por eu ter decidido não aceitar o dinheiro do processo contra o UFC. Eu concordei com os termos do contrato. Na época, aquele dinheiro era muito importante para mim. Se você não está satisfeito, pode simplesmente escolher não assinar o contrato”, escreveu no X (antigo Twitter).
O peso-leve (70 kg) ainda destacou que não vê monopólio no esporte. Ele apontou que há outras ligas de expressão no cenário, como o PFL, e que o UFC se expandiu dentro das regras do livre mercado.
De olho no UFC Rio
Apesar da polêmica, Moicano segue com planos ativos na carreira e manifestou interesse em lutar no card do UFC Rio, previsto para 11 de outubro. Em tom descontraído, pediu à organização um “adversário fácil” e ainda afirmou que, se escalado, pretende fazer um discurso voltado à classe política brasileira. Como de costume, finalizou a publicação com uma menção direta a Dana White, CEO do Ultimate, reforçando seu desejo de estar no evento.
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