Siga-nos
Paulo Borrachinha e Patrício Pitbull lutarão no UFC 318
Conhecidos do grande público, os brasileiros precisam desesperadamente da vitória para se manterem relevantes no UFC - Louis Grasse/PxImages

UFC

Medalhões brasileiros, Borrachinha e Pitbull lutam para manter relevância no UFC 318

Neste sábado (19), no UFC 318, em Louisiana (EUA), o Brasil estará representado por cinco competidores. Dois deles, curiosamente os mais experientes do grupo, entrarão em ação no card principal do evento com a corda no pescoço – em momentos cruciais para suas pretensões futuras. Medalhões e conhecidos do grande público, Paulo Costa, o ‘Borrachinha’, e Patrício Freire, o ‘Pitbull’, lutam para, acima de tudo, se manterem relevantes no mais alto nível de competitividade e, quem sabe, voltarem a sonhar alto dentro da principal liga de MMA do mundo.

A situação mais delicada talvez seja a de Borrachinha. Ex-desafiante ao cinturão dos pesos-médios (84 kg), o brasileiro soma apenas uma vitória nas últimas cinco rodadas. O retrospecto recente afastou Paulo do pelotão de elite da categoria, onde atualmente é o 13º do ranking. Pela frente, o atleta mineiro terá o russo Roman Kopylov, número 14 da listagem.

Até por ser um dos atletas mais populares e, consequentemente, caros da categoria, Borrachinha corre risco, inclusive, de ser cortado pela empresa caso perca sem ao menos demonstrar a versão explosiva de outrora. Por outro lado, caso ‘vença e convença’, como diz o jargão, o brasileiro pode ganhar uma sobrevida importante na liga e, ainda aos 34 anos, sonhar com uma nova caminhada até o título caso encaixe resultados expressivos em sequência.

Pitbull e a luta contra o tempo

Quem não tem o mesmo tempo disponível para construir uma longa caminhada até o topo é Pitbull. Já aos 38 anos, o veterano chegou ao UFC cheio de expectativas. E não era para menos, já que o potiguar é, para muitos, o maior lutador da história do Bellator – onde foi campeão peso-pena (66 kg) e peso-leve (70 kg). Seu debute no Ultimate, porém, não foi dos melhores. Irreconhecível, Patrício foi superado por Yair Rodriguez.

Agora, disposto a apagar a primeira impressão e provar que ainda tem nível para competir na primeira prateleira, o brasileiro tem o relógio como inimigo. Afinal de contas, no momento, Pitbull sequer figura no ranking até 66 kg. Caso derrote seu adversário, Dan Ige, isso deve mudar, já que o americano é o atual número 11 da categoria.

E mesmo caso tenha o braço erguido, Patrício teria que focar em alvos específicos que o catapultem o mais rápido possível ao top 5 caso ainda vislumbre o cinturão do UFC como meta. Por outro lado, caso seja superado por Dan Ige, atleta de fora do top 10, e emplaque duas derrotas em dois combates no Ultimate, Pitbull pode dar adeus a qualquer chance de se tornar um postulante ao título. Neste segundo cenário, pelo nome que tem e por ainda estar em seu primeiro contrato, o veterano tende a ser mantido no plantel, mas provavelmente para servir de escada para prospectos em ascensão.

Matar ou morrer pela espada

Ciente da importância do UFC 318 para suas pretensões, Borrachinha e Pitbull adequaram o discurso para a ocasião. E, curiosamente, ambos prometeram trazer algo em comum neste sábado: agressividade. Ao melhor estilo ‘matar ou morrer pela espada’, os brasileiros pretendem trazer emoções à flor da pele para os fãs de MMA. A postura se justifica. Afinal de contas, a essa altura do campeonato, é tudo ou nada para os medalhões.

Eu, com certeza, vou nocautear ele no sábado. Olha essa energia (dos fãs), vou tirar proveito dessa energia para trazer muita emoção, ação e nocautear esse cara (Kopylov).É isso que preciso trazer para o octógono (agressividade), estou focado nisso. No sábado eu vou incendiar esse cage”, projetou Borrachinha, durante a coletiva de imprensa do UFC 318. 

“Eu tive uma performance abaixo do que esperava (na estreia). Eu posso botar um pouco mais de violência e mais senso de urgência. Me incomodou. O senso de urgência tem que estar ligado um pouco mais rápido. Agora, o Dan Ige é o cara certo para ligar esse botão da violência e do senso de urgência logo no começo do combate”, frisou Pitbull, em entrevista à Ag Fight.

O MMA profissional é uma eterna passagem de bastão. Com legados a serem defendidos e ambições futuras, entretanto, Borrachinha e Pitbull querem provar, contra adversários mais jovens, que ainda têm lenha para queimar no mais alto nível. Neste sábado, no card principal do UFC 318, a dupla terá, possivelmente, a última chance de provar tal ponto.

Siga nossas redes sociais e fique ligado nas notícias do mundo da luta: XInstagramFacebookYoutube e TikTok

Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

Mais em UFC