A derrota para Benoit Saint Denis no ‘co-main event’ do UFC Paris, no último dia 6 de setembro, fez com que o brasileiro Maurício Ruffy ‘recalculasse a rota’ de sua carreira. Disposto a continuar a busca pelo seu desenvolvimento como lutador, com o objetivo de alcançar o topo do maior evento de MMA do planeta, o top 15 do peso-leve (70 kg) abre as portas para novas experiências, mesmo que estejam longe de casa.
Em entrevista ao canal ‘Laerte Viana na Área’, do ‘Youtube’, Ruffy revelou seus planos de buscar novos treinos, inclusive fora do Brasil. A informação não chega a surpreender, já que Pablo Sucupira, líder da ‘Fighting Nerds’, em recente declaração ao ‘Portal do Vale Tudo’, já havia antecipado a notícia. Nos Estados Unidos, ao que parece, o alagoano já tem um destino confirmado: a ‘Fight Ready’, no Arizona, academia que pertence ao ex-campeão peso-mosca (57 kg) e peso-galo (61 kg) do UFC Henry Cejudo.
Outra equipe na qual Maurício parece ter as portas abertas é a ‘City Kickboxing’, baseada na Nova Zelândia, que tem em Alexander Volkanovski e Israel Adesanya seus principais expoentes. Ruffy, inclusive, esteve recentemente treinando com os dois astros do UFC – uma experiência que parece ter agradado ao brasileiro.
“Não pelo resultado da luta, mas por buscar evolução, eu acho que vou trazer um treinador de wrestling. Vou ficar um tempo na academia do Cejudo treinando com ele. Ele separou uma equipe para me ajudar, o cara quer muito me ver campeão. Ele me ligou e trocou ideia comigo, foi muito da hora… Com relação ao Izzy (Israel Adesanya) e o (Alexander) Volkanovski, os caras estão me aguardando. Me receberam com muito carinho. Então, estou botando minha energia em situações assim, e tenho certeza que vou colher muito com isso”, contou o peso-leve do Ultimate.
Para sempre um Nerd
Apesar da chance real de buscar novos ares, à procura de situações desafiadoras contra companheiros de treino diferentes, Maurício Ruffy descarta a possibilidade de sair da ‘Fighting Nerds’, equipe da qual faz parte atualmente. Para corroborar sua posição, o peso-leve recordou o histórico de outros grandes nomes da academia paulista – como Caio Borralho, Jean Silva e Carlos Prates – que também, em algum momento de suas carreiras, treinaram em outros times, sem deixar de representar os Nerds.
“Não vou sair da Fighting Nerds. Eu sempre vou ser um Fighting Nerd, independentemente de onde eu estiver, se eu for morar nos Estados Unidos ou não, eu sempre serei um Fighting Nerd. Estou indo buscar conhecimento, evolução, assim como o Caio (Borralho) fez, o Jean (Silva) fez, o (Carlos) Prates ficou a vida inteira dele na Tailândia e chegou aqui muito maduro. Não sei se vou morar lá fora, já era um plano que eu tinha há um tempo. Mas estou pensando. O Volka me chamou para fazer parte do camp dele na Austrália. Os caras me receberam – não dá nem para descrever -, os caras me mostraram o que é ser campeão”, concluiu.
Contratado via Contender Series, Maurício Ruffy estreou no UFC em maio do ano passado e, desde o começo, foi tratado como uma grande promessa para o futuro da organização. O início de trajetória do peso-leve foi avassalador, com três vitórias consecutivas, domínio sobre os rivais e estilo de luta atraente para os fãs. Porém, na sua mais recente aparição no octógono mais famoso do mundo, o alagoano foi superado por Benoit Saint Denis, tendo sua invencibilidade no Ultimate encerrada.
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