Bastante criticado por sua atuação na polêmica vitória sobre José Aldo no UFC 307, no último sábado (5), Mario Bautista resolveu se defender das acusações de que teria ‘estragado’ a luta com sua estratégia de jogo. Na ocasião, o promissor peso-galo (61 kg) abusou dos ‘clinches’ e das tentativas de queda infrutíferas para segurar o ‘Campeão do Povo’ contra a grade do octógono e pontuar, garantindo o triunfo em uma controversa decisão dividida dos juízes. Porém, para o americano, o lutador manauara também tem culpa pela falta de ação no combate entre eles.
Assine o UFC Fight Pass pelo UOL Play
Em entrevista ao ‘MMA Junkie Radio’, Mario Bautista se defendeu das críticas e jogou parte da culpa pela fraca apresentação dos dois no octógono do UFC 307 em José Aldo. De acordo com o americano, o ex-campeão peso-pena (66 kg) do UFC teve diversas oportunidades para tentar mudar o panorama da disputa, mas não o fez. Portanto, na sua visão, o manauara é tão responsável quanto ele pelo ‘morno’ confronto do último sábado.
“Eu só queria que ele continuasse a trabalhar. Só queria que ele quebrasse o clinch, usasse aquela energia para sair e depois só ficar colado nele. Apenas mantê-lo trabalhando e trabalhando. Eu realmente não pensei que ele ia, sei lá, só ficar parado na parede (do cage)? Eu pensei que ele ia sair porque isso demanda alguma energia. Teve alguns momentos onde eu senti – sim, ele estava defendendo a queda, e talvez ele poderia circular para sair, mas ele só meio que escolheu ficar lá e esperar um pouco. Sim, eu estava segurando ele contra o cage, mas, ao mesmo tempo, eu acho que ele teve oportunidades de sair. É só que ele escolheu não fazer“, ponderou Bautista.
Vitória contestada
Apesar de ter tido o braço levantado ao final do embate, Mario Bautista viu sua vitória sobre José Aldo no UFC 307 ser contestada por figuras importantes dentro do mundo das lutas. O presidente do Ultimate, Dana White, e o irlandês Conor McGregor – antigo rival do brasileiro e maior astro do MMA – foram duas das vozes mais descontentes com a forma como o lutador americano se comportou no octógono e pela decisão dos juízes laterais de recompensarem o ‘antijogo’ utilizado como estratégia pelo promissor peso-galo.