Aos 33 anos, Neil Magny parece ter pressa para subir de patamar e conquistar seus objetivos na carreira, antes do provável declínio físico da idade. Por isso, o meio-médio (77 kg) – que retomou o caminho das vitórias no último sábado (8), ao superar Geoff Neal, no UFC Vegas 26 – não trata um possível duelo contra Khamzat Chimaev, uma das principais apostas do Ultimate, como prioridade.
Na entrevista coletiva após participar do UFC Vegas 26, Magny recordou os recentes problemas de saúde com os quais o russo naturalizado sueco teve que lidar, causados por complicações da COVID-19, para justificar sua postura. Vale lembrar que após vencer seus três primeiros combates pelo Ultimate e ser alçado à posição de futura estrela da companhia, Chimaev viu sua luta contra Leon Edwards ser cancelada em três oportunidades, todas por conta do agravamento dos sintomas do coronavírus.
“Eu estou neste ponto, onde Khamzat é esse grande competidor. Eu posso definitivamente lutar com ele e impulsionar minha carreira adiante. Mas ao mesmo tempo, eu não posso colocar minha carreira e minha vida em espera para torcer que ele esteja melhor. O cara saiu de três lutas nos últimos meses. Então, para eu meio que colocar todos os meus ovos em uma cesta e esperar por ele, torcendo para que ele esteja pronto nesse verão, é burrice de minha parte”, ponderou Magny, antes de completar.
“Eu acho que se ele priorizar ficar saudável e conseguir completar um camp para lutar, então com certeza, essa é uma luta que eu estou interessado, definitivamente. Mas quanto a colocar minha vida em espera por ele, eu tenho coisas que quero conquistar e o tempo não é o meu melhor amigo neste momento, então eu não posso esperar por ele”, concluiu.
Após a rápida ascensão de Chimaev no Ultimate, Neil Magny foi um dos poucos atletas do top 15 da divisão a declarar interesse em um possível confronto contra a jovem promessa europeia. Com o triunfo sobre Geoff Neal no último sábado, o americano, atual nono colocado no ranking dos meio-médios, volta a vencer após ser derrotado por Michael Chiesa em janeiro deste ano, interrompendo uma sequência positiva de três vitórias.