Recentemente, muitos lutadores, populares ou não, se posicionaram contra a política de salários do UFC, alegando que a companhia oferece um pagamento abaixo da média comparado a outros esportes, e Sarah Alpar se juntou ao time de profissionais insatisfeitos. Mesmo sendo integrante da maior organização de MMA do mundo, a atleta revelou que vive momento delicado financeiramente e decidiu pedir ajuda através de uma ‘vaquinha’ online. Ao tomar conhecimento do quadro, o youtuber Jake Paul ajudou e fez a lutadora virar sua fã.
Em entrevista ao site ‘MMA Fighting’, Alpar confessou que nunca poderia imaginar que Jake se sentiria tocado por seu atual momento de dificuldade e mostrou gratidão. A campanha lançada pela lutadora na página da internet ‘GoFundMe’ teve como objetivo arrecadar dinheiro para ajudar a custear as despesas de sua preparação para a luta contra Erin Blanchfield, que acontece no dia 18 de setembro. A meta de Alpar era conseguir mil dólares (cerca de R$ 5 mil) até o dia 1º de julho e o objetivo foi alcançado com sucesso.
Jake Paul, crítico ferrenho do UFC em relação aos salários dos atletas, doou para a lutadora cinco mil dólares (cerca de R$ 25 mil) e a ‘Triller Fight Club’, organização de boxe, contribuiu com 25 mil dólares (aproximadamente R$ 125 mil). Feliz com a quantia conquistada, Alpar explicou que seu posicionamento não foi um ataque direto contra o Ultimate, mas sinalizou que torce para que a empresa valorize seus profissionais. ‘Too Sweet’ também garantiu que vai retribuir o voto de confiança de quem a ajudou no octógono. Vale lembrar que Sarah não atua desde setembro, porque suas adversárias apresentaram problemas de saúde e com o visto.
“Eu fiquei surpresa. Ele conhece a minha existência? Fiz 30 anos e não sei, foi um momento de crise da meia-idade? Pensei que precisava fazer isso acontecer. Não estou ficando mais jovem. O que eu preciso fazer? Pensei que tudo estaria resolvido e eu poderia treinar em tempo integral, mas não é assim. Sendo apenas uma lutadora, você não recebe nada antes. Estamos ganhando centavos, isso é comparado ao que o UFC nos dá”, declarou a lutadora, antes de completar.
“Não tenho nada no UFC. Entrei lá, tentei lutar e isso acontece. São apenas negócios. Eles me deram mais do que qualquer outra organização. Não posso atacá-los por nada. Não é culpa deles se Stephanie Egger pegou COVID e não pôde lutar. Eles tentaram encontrar alguém para mim. Eu não os culpo pela minha situação, mas estou tentando tudo que posso. Quero fazer grandes coisas, ser um modelo e adoro lutar. Foi isso que eu escolhi e pedi ajuda. Estou tentando tirar o máximo proveito do meu treinamento, fazer o melhor que posso”, concluiu.
Além de lutar profissionalmente, Sarah Alpar, de 29 anos, também trabalha como barista na ‘Starbucks’ e dá aulas particulares de jiu-jitsu. A atleta foi campeã do peso-galo (61 kg) do LFA e conquistou um contrato com o UFC após participar do programa ‘Contender Series’, em agosto de 2019, quando finalizou Shanna Young.
Em sua estreia pelo UFC, a americana foi nocauteada por Jessica-Rose Clark, em setembro de 2020. Agora, diante de Erin Blanchfield, no dia 18 de setembro, a lutadora, que descerá para o peso-mosca (57 kg), tentará conquistar seu primeiro triunfo na companhia e, consequentemente, melhorar sua situação financeira.