Desde que acertou sua ida para o UFC, Kayla Harrison se manteve nos holofotes do noticiário dos esportes de combate. Mas por um motivo inusitado: a incerteza sobre seu rendimento na estreia nos galos (61 kg). Acostumada a competir entre os leves (70 kg), a bicampeã olímpica teve seu desempenho no Ultimate questionado por nomes como Miesha Tate, Larissa Pacheco e até mesmo Holly Holm, sua próxima adversária. Apesar da dificuldade atrelada ao corte de peso, a judoca americana fez questão de abrir o jogo sobre o assunto e afastar as preocupações.
Em entrevista ao site ‘Keviniole.com’, Harrison tranquilizou os fãs ao revelar que antes mesmo de oficializar sua ida ao UFC, fez uma espécie de ‘simulação’ do corte de peso até 61 kg em todas as etapas – incluindo o processo de recuperação posterior e até mesmo um combate, emulando toda a experiência que vivenciará na nova empresa.. Desta forma, apesar de reconhecer que o processo será desgastante, a bicampeã olímpica de judô se mostra confiante para vencer a balança e conseguir performar em alto nível.
“Há uma percepção equivocada de que eu ando pesando 81 kg ou algo nessa linha. Durante a maior parte da minha carreira no MMA me mantive com 72, 74 kg, porque não gosto de corte de peso. Não acredito nisso e não acho que passa a mensagem correta para as crianças. Dito isso, mesmo discordando, algumas vezes você tem que fazer coisas que não concorda para realizar seus sonhos (estar no UFC). A parte do (corte de) peso será uma droga, mas é uma droga para todos e eu não sou especial. Não teria feito essa mudança se achasse que não seria capaz de fazê-la. Fizemos um corte de teste, tudo foi medido, desde minha frequência cardíaca, até minha pressão arterial e o açúcar no sangue. Fizemos um teste de recuperação, um teste simulando a luta. Tudo foi medido e testado. Estou bem confiante na minha equipe e em mim. Não estou dizendo que será fácil, mas as coisas que valem a pena na vida normalmente não são fáceis”, explicou Kayla.
UFC 300 e alta expectativa
Depois de brilhar na PFL, Harrison chega ao Ultimate com status de possível estrela da companhia. E os detalhes de seu primeiro compromisso na liga demonstram isso. Afinal de contas, Kayla estreia no centenário card do UFC 300, diante da ex-campeã Holly Holm. Sendo assim, caso se destaque com um belo ‘cartão de visitas’ no dia 13 de abril, em Las Vegas (EUA), a americana – devido à sua popularidade – já pode, inclusive, sonhar com uma oportunidade pelo cinturão – que hoje pertence a Raquel Pennington.