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Jon Jones se prepara para começar sua luta contra Stipe Miocic no UFC 309
O americano citou o 'fator legado' para recusar Aspinall e buscar um duelo contra Alex 'Poatan' - Louis Grasse/PxImages

UFC

Jon Jones explica por que recusou R$ 160 milhões para enfrentar Tom Aspinall no UFC

Jon Jones é considerado, por boa parte da comunidade do MMA, como o ‘GOAT’ (melhor de todos os tempos) da modalidade. E para enfrentar Tom Aspinall no que seria uma unificação de títulos dos pesos-pesados do UFC, o americano receberia um pagamento condizente com seu status no esporte. Entretanto, mesmo tendo recebido uma oferta de 30 milhões de dólares (cerca de R$ 162 milhões na cotação atual), ‘Bones’ declinou a proposta feita por Dana White. Meses após o imbróglio, o veterano justificou a sua recusa.

Em entrevista ao podcast ‘Geoffrey Woo’, Jones colocou o ‘fator legado’ acima da motivação financeira. Aos 38 anos de idade e com uma estabilidade garantida pelos anos de competição no mais alto nível, o ex-campeão meio-pesado (93 kg) e peso-pesado do Ultimate afirma que, na reta final de carreira, busca confrontos que vão agregar ao seu currículo. Até por conta disso, o americano reforça que, atualmente, Alex Pereira, o ‘Poatan’, seria um adversário ideal.

“Algumas das minhas motivações não são mais tradicionais. Não acho que me importo com o que a maioria dos lutadores se importaria. A maioria dos lutadores não recusaria 30 milhões de dólares. Simplesmente não fariam isso. Meus objetivos são diferentes dos das outras pessoas hoje em dia. Para mim, é mais uma questão de legado. O que faria mais sentido? Lutar contra o cara (Aspinall) que está impressionando agora, mas que eu acho que ninguém vai ligar daqui a alguns anos, ou lutar contra o cara (Poatan) que será lembrado no mundo todo por muito tempo? No Brasil, Pereira é um ídolo absoluto agora”, destacou Jones.

Recusa pode custar caro

Por mais que tenha tido seus motivos pessoais, ter rejeitado a proposta de encarar Aspinall pode custar caro para Jon Jones. Afinal de contas, antes de recusar, o americano havia, teoricamente, aceito os termos propostos por Dana White, encaminhando, assim, o confronto. Desta forma, com o ‘ok’ de Bones, o presidente do Ultimate garantiu publicamente inúmeras vezes que a unificação dos títulos dos pesos-pesados sairia do papel. Mas após meses de novela, a disputa ficou apenas no imaginário dos fãs.

Ter sido, de certa forma, desmentido, fez com que o dirigente perdesse a confiança em Jon Jones. Inclusive, mesmo com o ‘GOAT’ implorando por uma vaga no aguardado card do UFC Casa Branca, o presidente da liga deixa claro, ao menos por ora, seu veto ao americano para o show. E a justificativa é clara: o cartola não quer depositar suas fichas em um lutador que recentemente não cumpriu com sua palavra. Resta agora para o veterano tentar convencer o patrão de que desta vez realmente competiria no evento na sede do Governo dos Estados Unidos, programado para junho de 2026.

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Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

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