UFC

Joanna minimiza exclusão no ranking do UFC e reitera interesse apenas em grandes lutas

Sem lutar desde março de 2020, Joanna Jedrzejczyk, enfim, foi punida pela constante falta de interesse em voltar ao octógono. Após parte das integrantes do peso-palha (52 kg) do UFC reclamar que a ex-campeã seguia em destaque no top-15 da categoria mesmo afastada do MMA, a organização decidiu retirar a atleta do ranking na última atualização do mesmo. No entanto, a polonesa minimizou tal episódio.

Ao participar do programa ‘The MMA Hour’, Joanna revelou que sabia que isso aconteceria. Tanto que a polonesa admitiu que 19 meses sem atuar é um tempo considerável e que não se opôs ao UFC retirá-la do ranking. No entanto, a ex-campeã do peso-palha sinalizou que, por mais que tenha interesse em voltar a lutar, ressaltou que não vai aceitar qualquer combate. Constantemente desafiada pelas tops da categoria, a atleta indicou que são poucas as lutadoras que enxerga com bons olhos como possíveis oponentes para seu retorno.

Apesar do longo tempo de afastamento, Joanna voltou a expressar o interesse em disputar o título da categoria que dominou contra a vencedora da revanche entre a campeã Rose Namajunas e Zhang Weili, que acontece na edição de número 268, em novembro. Vale lembrar que a antiga rainha da divisão perdeu duas vezes para a americana e foi superada pela chinesa em sua última aparição no octógono. Mesmo assim, a lutadora se considera no direito de encarar as rivais novamente por conta de sua trajetória de sucesso no esporte.

“Eu não me importo. Não me incomoda e isso não muda nada. Quando eu voltar, estarei de volta ao ranking. Os rankings não lutam. Mick Maynard se comunicou com minha equipe e disse que se eu não lutasse, o UFC me tiraria do ranking, porque as garotas estão reclamando. Acho que é mais sobre não lutar. Já faz um tempo e concordei com isso. Há tantas lutas, mas lutas estúpidas. Estou esperando a vencedora de Rose contra Zhang. Só quero fazer grandes lutas. Dana é um empresário e sabe, mas Mick tem um emprego diferente e tem que ganhar seu dinheiro”, declarou a ex-campeão do UFC, antes de completar.

“Ele ganha dinheiro fazendo lutas, mas tenho um acordo diferente com Dana e ele sempre confirma isso. Lembro o que o UFC me disse depois da luta, que posso demorar o quanto quiser, que estarei de volta ao topo lutando contra as melhores. Então, estou supondo que será a campeã ou a desafiante número um. Sinto que mereço uma fatia maior do bolo. Não me vejo lutando fora do UFC, mas tem gente que tem interesse em me ter, que está disposta a colocar muito dinheiro na mesa. Sou uma operária do UFC. Não sou mais a campeã, mas sinto que mereço um pouco mais. Vou discutir isso com Dana, com os matchmakers. Me sinto bem e quero voltar ao octógono do UFC em breve”, concluiu.

Apesar da dura derrota para Zhang Weili por decisão dividida em sua última aparição no UFC, Joanna Jedrzejczyk, de 34 anos, deixou uma boa impressão no octógono. A polonesa é uma das atletas mais condecoradas na história do MMA feminino e seu cartel no esporte é composto por 20 lutas, 16 vitórias e quatro derrotas.

Joanna também ganhou o apelido de ‘Rainha da Violência’ pela sua qualidade e agressividade na trocação, justamente, no período que foi campeã do peso-palha e defendeu o cinturão em cinco oportunidades. Seus triunfos de maior destaque foram diante de Carla Esparza, Cláudia Gadelha (duas vezes), Jéssica Andrade, Jessica Penne, Karolina Kowalkiewicz, Michelle Waterson e Tecia Torres.

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