A temporada passada foi um tanto quanto estranha para Joanna Jedrzejczyk. Ao mesmo tempo que protagonizou a luta do ano na opinião de boa parte dos fãs e da imprensa especializada, contra Zhang Weili em março, a ex-campeã do peso-palha (52 kg) do UFC não atuou mais e gerou dúvidas quanto ao seu futuro no MMA. Como a batalha contra a atual número um da categoria causou vários danos à polonesa, a mesma optou por se afastar do esporte para se recompor e, ao que parece, não se arrependeu da decisão.
Em entrevista ao site ‘SCMP MMA’, Joanna informou que não tem pressa para subir no octógono novamente e explicou sua posição. A ex-campeã do peso-palha destacou que a ausência do público afeta seu desempenho no cage e garantiu que só volta à ação, com a presença dos fãs, ou seja, após o fim da pandemia de COVID-19. Além disso, a polonesa deu a entender que está insatisfeita com seu atual contrato com o UFC e sinalizou que merece ser melhor remunerada. Inclusive, a atleta justificou o pedido ao lembrar da importância que possui no esporte e ao citar a grande luta que fez contra Zhang.
“Não há esporte sem os fãs. Você sabe como eu interajo com as pessoas. Eu sempre preciso de motivação extra, de energia. Eu posso lutar sem os fãs, mas não quero. Quero esperar. Eu realmente acredito que tudo vai acabar em breve. O MMA é um negócio e deve haver dinheiro. Lutei muito na última vez. Estava no ‘co-main event’, mas eu e Zhang roubamos o show. Mereço mais dinheiro, um pedaço maior do bolo. Não quero reclamar como os outros lutadores. Existem mais de 500, mas sou uma grande parte desta empresa. Vou falar na mesa. Não estou reclamando. Estou muito feliz com o UFC, mas sinto que as pessoas me amam com ou sem cinturão”, declarou Joanna que aproveitou para negar os rumores de aposentadoria do MMA.
“Só quero continuar lutando por elas. Eu continuo ouvindo ‘Ela se aposentou, isso e aquilo’, mas não estou aposentada, estou apenas demorando. Eu costumava lutar duas ou três vezes por ano, não mais. Quero cuidar de mim, do meu corpo e da minha mente. Há boas chances de lutar em 2021, mas se não fico sentada, esperando. Eu quero, mas tudo tem que estar no lugar certo”, concluiu.
Apesar da derrota em sua última aparição, Joana Jedrzejczyk, de 33 anos, deixou uma boa impressão no octógono. A polonesa é uma das atletas mais condecoradas na história do MMA feminino e seu cartel no esporte é de 20 lutas, 16 vitórias e quatro derrotas. Vale lembrar que a lutadora ganhou o apelido de ‘Rainha da Violência’, justamente, no período que foi campeã do peso-palha, no período entre 2015 e 2017 e defendeu o cinturão em cinco oportunidades.