Em outubro do ano passado, Glover Teixeira fez história e se tornou o segundo campeão mais velho da história do UFC, atrás somente do lendário Randy Couture. No próximo dia 21 de janeiro, o mineiro terá a oportunidade de repetir o feito e reconquistar o cinturão dos meio-pesados (93 kg) aos 43 anos. Mas, apesar da idade avançada para a prática dos esportes de combate, o veterano descarta programar sua aposentadoria para uma data específica.
Após perder o título da divisão para Jiri Prochazka em junho, em disputa que recentemente foi escolhida para receber o prêmio de ‘Luta do Ano’, Glover foi escalado para a revanche contra o tcheco, que aconteceria no último dia 10 de dezembro, em Las Vegas (EUA). Porém, uma lesão do europeu promoveu uma série de mudanças e o mineiro viu a organização presidida por Dana White definir o duelo entre Jan Blachowicz e Magomed Ankalaev valendo o cinturão até 93 kg, deixado vago por ‘Denisa’ após a grave contusão no ombro.
Como o combate entre Blachowicz e Ankalaev, disputado no UFC 282, terminou empatado e o cinturão seguiu sem dono, a entidade imediatamente convocou Glover para uma nova disputa, desta vez contra Jamahal Hill, na edição que o Ultimate promoverá no Brasil, dia 21 de janeiro. Em entrevista ao podcast ‘Trocação Franca’, Teixeira, destacando as mudanças repentinas ocorridas nas últimas semanas, afirma que seus planos incluem apenas o presente e deixa o futuro em aberto.
“Definitivamente não vai ter nenhuma aposentadoria agora. Alguém perguntou lá atrás: ‘Você pensa em mais uma luta, e defendendo seu cinturão no Madison Square Garden (e se aposentar)?’. Eu disse: ‘Quem sabe’. Se esse fim de semana, especialmente o que aconteceu comigo, não me ensinou nada… Eu nunca faço planos para o futuro. Eu vivo no presente. Não tenho esse tipo de planos: ‘Eu vou me aposentar nessa data’. O dia que eu me aposentar vai ser o dia que eu treinar mal, quando eu não quiser mais ir para a academia”, afirmou o ex-campeão.
Profissional do MMA desde 2002, Glover Teixeira possui um cartel de 33 vitórias e oito derrotas. Antes de perder o cinturão dos meio-pesados do UFC para Jiri Prochazka, em junho, o mineiro vivia uma de suas melhores fases na carreira, mesmo com a idade avançada, tendo vencido seis adversários em sequência, cinco deles pela via rápida. Para retomar o trono da divisão até 93 kg do Ultimate, o veterano terá que passar pelo embalado Jamahal Hill, de 31 anos, que perdeu apenas uma luta em toda sua carreira, para o escocês Paul Craig, em junho do ano passado.