Siga-nos
Alex Poatan é auxiliado pelo cutman no intervalo da luta no UFC 307
O campeão brasileiro precisou superar uma série de obstáculos antes mesmo de competir no UFC 307 - Louis Grasse/PxImages

UFC

Febre, lesões e mais! Alex Poatan revela problemas na preparação para o UFC 307

No último sábado (5), Alex Pereira apresentou a frieza que já lhe é costumeira dentro do octógono para, de virada, vencer Khalil Rountree Jr via nocaute técnico no quarto round. E o desempenho do campeão brasileiro no UFC 307 ficou ainda mais surpreendente depois da coletiva de imprensa do evento. Afinal de contas, durante a cerimônia, ‘Poatan’ revelou que passou por uma série de empecilhos durante seu camp de preparação, desde lesões até doenças, que, em seu entendimento, prejudicaram, de certa forma, seu rendimento na mais recente defesa de título dos meio-pesados (93 kg).

Assine o UFC Fight Pass pelo UOL Play.

Primeiramente, o striker paulista obteve problemas de documentação e, por conta disso, só conseguiu sair do Brasil para os Estados Unidos para iniciar seus treinamentos faltando apenas um mês para o combate contra Khalil. Para piorar a situação, Poatan relatou que foi acometido com sintomas de febre e amigdalite devido a uma queda brusca da imunidade de seu corpo. O estado, inclusive, requereu que o campeão brasileiro fizesse uso de remédios antibióticos para controlar a situação.

“Essa luta foi muito difícil, hoje foi bem difícil. Mas o mais difícil mesmo foi a preparação para essa luta. Só minha equipe sabe o que passei. Quando marcaram essa luta, estava no Brasil e tive dificuldades de voltar para os EUA, deu um problema no meu visto. Fiquei vários dias no consulado para ver se meu visto estava pronto. Faltando um mês para a luta, saiu meu visto. Mas quando voltei para os EUA, já estava doente. A imunidade caiu, febre, dor de garganta. Tive que tomar antibiótico por cinco dias. Tem até vídeo meu mostrando como estava mal. Eu até falei: ‘Se eu ganhar, posso mostrar esse vídeo’. Mas se eu perdesse, ninguém iria ver, depois vou mostrar”, revelou Alex, durante a coletiva pós UFC 307.

Lesões antigas de volta

A situação, que já parecia grave às vésperas do show, ficou ainda pior com antigas lesões do brasileiro vindo à tona. Ainda quando estava no Brasil, Poatan relembrou que ‘trincou’ a costela e rompeu o ligamento do dedo do pé – o mesmo que havia lesionado no UFC 300 e UFC 303. Dado todo o contexto, o campeão admitiu que o combate contra Rountree Jr foi um dos mais difíceis da carreira, mas que o processo de preparação foi ainda mais desafiador do que o confronto em si.

“Cheguei aqui (Utah), altitude, minha garganta começou a inflamar de novo. Fui ao médico, mais cinco dias de antibiótico. Voltando (no tempo). No Brasil, tinha machucado a costela, uma lesão que tive há pouco mais de um ano, meio que uma fratura. Agora aconteceu uma inflamação na cartilagem. Rompi o ligamento do dedinho também, o mesmo que eu já quebrei. Dessa vez não foi osso, foi ligamento. Então passei por muitas coisas. A luta foi difícil, mas o que passei para chegar até aqui e dar esse show (foi ainda mais). Sinceramente, tenho muito orgulho de mim hoje”, concluiu Poatan.

Pausa para recuperação

Após enfileirar três defesas de título em apenas 175 dias, um recorde dentro do Ultimate, Alex Pereira, enfim, dá indícios de que pretende desacelerar o ritmo insano de lutas dentro da companhia. Após salvar o UFC como uma espécie de Funcionário do Ano em 2024, o brasileiro agora mira um período afastado para, além de aproveitar sua vida pessoal, curar 100% todas as lesões e desgastes oriundos dessa sequência avassaladora de compromissos dentro da liga.

Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

Mais em UFC