Ao que parece, o veterano Chris Weidman está mais motivado do que nunca a provar seu valor no MMA. No UFC 292, evento que acontece neste sábado (19), em Boston (EUA), o ex-campeão do peso-médio (84 kg), que não luta desde abril de 2021 devido a uma grave lesão na perna, mede forças com Brad Tavares, mas, ao mesmo tempo que comemora seu retorno à ação, não esconde a irritação com seu status no show.
No UFC 292, Weidman enfrenta Tavares na luta que encerra o card preliminar e, em entrevista à ‘ESPN’ americana, reprova o fato de performar em tal porção do evento. Por ser ex-campeão da companhia, o wrestler abriu o jogo e confessou se sentir desrespeitado por ela. Vale destacar que o atleta é um dos melhores lutadores da história do peso-médio e possui feitos expressivos no MMA, como as duas vitórias sobre Anderson Silva.
Mas, como Chris sofreu uma fratura na perna no embate contra Uriah Hall e passou por um longo período de recuperação, perdeu espaço na divisão e deixou o top-15 dela. Agora, prestes a competir novamente, o veterano afirma que tal ‘desvalorização’ por parte do UFC lhe dá ainda mais vontade de vencer o compromisso e garante que seu objetivo é reconquistar o título da categoria e não lutar por lutar.
“Estou mais grato do que nunca, porque não sabia se realmente seria capaz de voltar. Estou feliz por estar aqui, mas é meio desrespeitoso, para ser honesto. Não vou fingir que não. Ficar dois anos fora, com uma perna quebrada, no cage do UFC, em um pay-per-view, coloquei meu corpo em risco, e então eles me colocam no card preliminar? Vou mostrar que foi uma má ideia. Você sabe o que? Provavelmente funciona melhor para todos, porque é um pouco mais de motivação. Mas tudo bem, vocês me desrespeitam assim? Acham que estou acabado? Acham que estou aqui apenas para ver como me sinto? Não. Estou aqui para fazer uma declaração. Há mais motivação”, declarou o lutador.
Histórico de Weidman no MMA
Chris Weidman, de 39 anos, é um dos melhores lutadores da história do peso-médio no MMA. Em seu reinado na categoria no UFC, o americano defendeu o cinturão em três oportunidades. No esporte desde 2009, o atleta construiu um cartel composto por 21 lutas, 15 vitórias e seis derrotas. Seus principais triunfos foram sobre Anderson Silva (duas vezes), Demian Maia, Kelvin Gastelum, Lyoto Machida, Mark Muñoz, Omari Akhmedov, Uriah Hall e Vitor Belfort.