Ex-campeã peso-galo (61 kg) e uma das atletas mais experientes do MMA feminino em atividade, Miesha Tate vê com bons olhos a chegada de Kayla Harrison ao UFC. Entretanto, a veterana acredita que a judoca bicampeã olímpica encontrará dificuldade para repetir o sucesso que teve na PFL, onde venceu dois torneios no peso-leve (70 kg) e se consolidou como grande estrela da liga.
Em entrevista ao ‘SiriusXM’, Miesha questionou a decisão da compatriota de descer para a categoria dos galos para competir no UFC. Depois de construir sua carreira praticamente inteira no peso-leve, com apenas uma luta disputada nos penas (66 kg), Kayla fará sua estreia no Ultimate na divisão até 61 kg, diante de outra ex-campeã, Holly Holm, na edição de número 300, no dia 13 de abril, em Las Vegas (EUA). A drástica mudança, na opinião de Tate, deve custar caro para a ex-atleta da PFL.
“Eu estou empolgada pela Kayla. Estou animada por ela ter vindo para cá. Acho que vai ser muito bom, mas se você me perguntar quem vai vencer essa luta agora, eu diria Holly (Holm). Quando eu vi que era até 61 (kg), eu fiquei chocada, porque Kayla Harrison implorou pela divisão até 70 kg na PFL, e ela conseguiu e acho que ela tem sido ótima lá. Ela tem sido incrível. Eu sei que ela já bateu 66 (kg) antes. Acredito que tenha sido duro para ela. Acho que 61 vai realmente sugar a vida dela, e não é a melhor decisão”, ponderou Tate.
Kayla chega com moral
Apesar da previsão pessimista da veterana Miesha Tate, Kayla Harrison chega com moral ao UFC. Confirmada como novo reforço da organização presidida por Dana White, a bicampeã olímpica – dona de um cartel no MMA de 16 vitórias e apenas uma derrota – foi escalada logo de cara para, talvez, o mais aguardado card da temporada 2024 do Ultimate e, em caso de triunfo sobre a top 5 da categoria Holly Holm, pode inclusive se credenciar para uma disputa de título no peso-galo na sequência.