Crítico do denominado ‘trash talk’, Edson Barboza evita alfinetar ou provocar adversários para conseguir lutas mais rentáveis no UFC. Mas a postura respeitosa não impede o brasileiro de projetar grandes desafios futuros para sua carreira. E isso foi provado na última quarta-feira (15), durante conversa com a imprensa no ‘media day’ do UFC Vegas 92. Atento às possibilidades de mercado, o striker de Nova Friburgo (RJ) fez campanha por um embate com Max Holloway, pelo cinturão ‘BMF’ (lutador mais durão) da empresa.
O objeto, que já esteve sob posse de Jorge Masvidal e Justin Gaethje no passado, ‘coroa’ atletas geralmente de estilo agressivo, ‘casca grossa’, no jargão. E na opinião de Edson, a alcunha cai como uma luva para sua trajetória dentro do UFC. Há quase 15 anos na liga, o brasileiro é dono de alguns dos nocautes mais impactantes da história da companhia e, por isso, desafia respeitosamente Holloway para um confronto direto.
“Se um cara merece lutar pelo título de ‘BMF’, sou eu. Quem tem mais ‘highlight’ de nocautes do que eu? Irmão, imagina. Eu amo o Max Holloway, ele é um dos meus lutadores favoritos da história. Amo ver ele lutar, e ele é um cara muito legal, família. Imaginem uma luta contra ele pelo cinturão BMF. Será muito, muito bom para mim, para ele e para a organização. Como disse, tenho 30 lutas no UFC. Acho que mereço isso. Claro, meu foco está 100% nessa próxima (luta), mas acho que seria incrível. Amo ele, será uma prazer dividir o octógono com ele (Holloway)”, projetou o striker brasileiro.
Rival invicto pela frente
Mas antes de traçar planos futuros, o foco de Edson, como o próprio garantiu, está neste sábado (18). Protagonista do UFC Vegas 92, o brasileiro terá um desafio e tanto pela frente. Afinal de contas, Lerone Murphy, seu oponente, segue invicto no MMA profissional, com um cartel de 13 vitórias e um empate até então. Diante de um rival seis anos mais jovem, Barboza terá a missão de ser o primeiro a desbancar o prospecto inglês dentro do octógono.