O reinado de Charles Oliveira no peso-leve (70 kg) do UFC mal começou a já incomodou parte dos integrantes da divisão. Sendo assim, a imprensa especializada especula que o campeão da categoria, vai colocar o título em jogo pela primeira vez diante de Dustin Poirier, na edição de número 269, que será realizada em dezembro, ainda sem local definido. Como existem atletas de gabarito de olho no cinturão, ‘Do Bronx’ esqueceu, momentaneamente, o provável adversário e respondeu a provocação de Justin Gaethje.
Em entrevista ao site ‘Sherdog’, Charles minimizou a polêmica criada pelo americano e encerrou a discussão ao relembrar seus feitos no UFC e retrospecto até conseguir a disputa pelo título do peso-leve e sua conquista. A rivalidade entre o atual número um da divisão e o ex-campeão interino da categoria é recente. Tudo começou quando Gaethje classificou como piada a luta de Charles com Michael Chandler pelo cinturão vago.
O americano foi além, afirmou que o brasileiro não é o melhor lutador do peso-leve e avisou que só vai respeitá-lo como tal, se o mesmo superar Poirier. De acordo com Gaethje, ele e ‘The Diamond’ deveriam ter disputado o título vago da categoria após a aposentadoria de Khabib Nurmagomedov. Como foi ignorado pelo UFC, o atleta passou a criticar a organização de forma pública. Vale lembrar que ‘The Highlight’ atuou pela última vez em 2020, quando foi finalizado pelo russo, em Abu Dhabi (EUA).
“O que tenho a dizer ao Gaethje é para ele fazer seu trabalho, vencer as lutas para ter a oportunidade, como eu tive, de fazer acontecer. Eu estarei aqui com meu cinturão. Quando você consegue nove vitórias consecutivas, pode reclamar com Dana. Nove meses atrás, eu estava entre os sete primeiros, pedindo uma oportunidade contra um top-5”, pontuou o campeão do UFC, antes de completar.
“Dez dias antes do UFC 256, o adversário de Ferguson se machucou e eu estava em forma para aceitar o convite do UFC. Depois de dominar completamente, conquistei minha chance pelo título. Fiz 28 lutas no UFC nos últimos 11 anos, vinha de oito vitórias consecutivas, tenho o recorde de bônus, bati o recorde de finalizações de Royce e Demian na organização. Se eu não tivesse o direito de lutar pelo cinturão, quem teria? Se sou o campeão hoje, é porque lutei muito por isso”, concluiu.
Charles Oliveira, de 31 anos, vive momento mágico no MMA. Conhecido no esporte pelo jiu-jitsu de alto nível, o brasileiro mostrou que sua trocação também está afiada e representa uma ameaça aos oponentes. Agora, ‘Do Bronx’ possui nove triunfos seguidos, sendo cinco por finalização e três por nocaute. Além disso, o campeão do peso-leve do UFC é o recordista de finalizações na história da companhia (14 vezes) e o lutador que mais venceu pela via rápida (17). Seu cartel profissional é composto por 31 vitórias, sendo 28 pela via rápida, e oito derrotas.