Se por um lado o UFC perdeu Francis Ngannou, do outro, ganhou Jon Jones. No último sábado (14), em Las Vegas (EUA), Dana White, ao mesmo tempo que anunciou a saída do ex-campeão do peso-pesado da companhia por conta de divergências burocráticas, oficializou o antigo rei dos meio-pesados (93 kg) na luta pelo cinturão vago da categoria mais perigosa do MMA contra Ciryl Gane, em março, e sua renovação de contrato.
O cartola revelou que Jones assinou um novo vínculo com o UFC por mais oito lutas. Vale pontuar que, assim como Ngannou, o americano também estava em rota de colisão com a companhia por exigir melhor remuneração. Inclusive, esse foi o principal motivo que nunca tornou possível a realização do duelo entre os temidos lutadores. Depois de muito reclamar, o ícone do MMA, ao que parece, fez as pazes com a alta cúpula da empresa e teve seu desejo atendido, enquanto que o camaronês não teve a mesma sorte. Empolgado com o retorno de ‘Bones’ à ação, Dana frisa que, apesar do atleta não lutar desde 2020, segue confiante e em busca de ampliar seus feitos no esporte.
“Sim, Jon Jones e Ciryl Gane é luta pelo cinturão oficial do peso-pesado do UFC. Jon Jones estava esperando e pronto para lutar com qualquer um. Ele poderia ter lutado em outubro, novembro, dezembro, mas esperamos a luta com Ngannou, mas entendemos que não iria acontecer. Jones assinou um novo contrato de oito lutas. Ele sempre falou que queria isso. Ele não falou que só lutaria pelo cinturão. Jones falou que não se importava e que estava disposto a lutar com qualquer um. Jon Jones queria Ngannou. Ele estava muito confiante de que ia passar por Ngannou, que essa seria uma luta fácil”, declarou o cartola na coletiva de imprensa pós-UFC Vegas 67.
Jon Jones, de 35 anos, é integrante do ‘Hall da Fama’ do UFC, ex-campeão dos meio-pesados e apontado por parte dos fãs como o melhor lutador da história do MMA. Após dominar a categoria, ‘Bones’ decidiu se aventurar no peso-pesado, já que revelou que sempre sonhou em alcançar o lugar mais alto da divisão. Em sua carreira, o americano venceu 26 lutas, perdeu uma e a outra terminou sem resultado. Seus principais triunfos foram sobre Alexander Gustafsson (duas vezes), Anthony Smith, Chael Sonnen, Daniel Cormier, Dominick Reyes, Glover Teixeira, Lyoto Machida, Maurício ‘Shogun’, ‘Rampage’ Jackson, Rashad Evans, Ryan Bader, Thiago ‘Marreta’ e Vitor Belfort.