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Cormier vê Gane como rival mais difícil que Ngannou, mas diz: “Jones ainda tem vantagem”

Por alguns meses, uma eventual superluta entre Jon Jones e Francis Ngannou pelo cinturão dos pesos-pesados era o duelo mais aguardado de boa parte dos fãs de MMA espalhados pelo mundo. No entanto, o anúncio do fim da trajetória do ‘Predador’ no UFC e o novo casamento de luta com Ciryl Gane jogou um balde de água fria nos torcedores. E, na opinião de Daniel Cormier, o novo oponente de ‘Bones’ pode ser uma ameaça ainda maior dentro do octógono do que o ex-campeão camaronês.

Em seu canal no Youtube, ‘DC’, admitiu que o combate de maior magnitude para Jones seria diante de Ngannou, por conta do poder destrutivo que o Francis traz para o octógono. No entanto, na opinião do ex-bicampeão simultâneo do UFC, seu desafeto de longa data terá mais dificuldades em vencer Gane, por conta de seu estilo fluido, do que teria para derrotar o ‘Predador’.

“Pensei que Jon vs Francis fosse a maior e mais esperada luta por conta do perigo que o Ngannou traz para o Jones com seu poder. Mas não sejamos loucos em agir como se o Jones nunca tivesse enfrentado poder antes. Ele já lidou com isso. Nada como o poder do Ngannou, mas acredito que o que ele tem agora, com o Ciryl Gane pode ser um duelo de estilo mais difícil. A movimentação e a forma que o Gane ataca deve tornar as coisas difíceis pro Jones, porque por melhor que ele seja, não é um cara que se mexe tanto. Ele fica parado e anda para frente. Ele é alto, então usa a distância para controlar caras como eu. Não é um cara que se move muito e cria ângulos. O problema com o Gane é que você tem de lidar com um cara grande que também tem essas qualidades e com habilidade de se movimentar. Veja as lutas do Jones, ele fica com os pés plantados, o Gane não”, avaliou.

No entanto, apesar de pontuar os perigos que Bones pode encarar, Cormier ainda considera seu rival histórico favorito para o confronto diante de Gane. Com a experiência de quem já dividiu o octógono com Jones em duas oportunidades, ‘DC’ explica que o QI de luta do norte-americano tende a ser o fiel da balança contra ‘Bon Gamin’.

“Mas o Jones ainda tem algumas vantagens. Acho que seu QI de luta é inigualável. Sua preparação será em um nível muito alto, especialmente sabendo que ele está trabalhando com o Henry Cejudo. Podem pensar o que for do Cejudo, mas ele tem uma mente de luta brilhante. Uma mente competitiva brilhante. Não existem tantas pessoas com o Cejudo na história dos esportes, então o Jones ir para lá é uma decisão muito inteligente”, opinou Cormier.

Jon Jones e Ciryl Gane medem forças pelo título vago dos pesos-pesados na luta principal do UFC 285, agendado para o dia 4 de março, na ‘T-Mobile Arena’, em Las Vegas (EUA). O duelo marca o retorno de Bones ao esporte após um hiato de três anos, assim como sua estreia na divisão até 120 kg.

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