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Céu ao inferno! Entenda como o UFC 317 pode ser crucial para o futuro do MMA no Brasil

Neste sábado (28), na ‘T-Mobile Arena’, em Las Vegas (EUA), o Ultimate promove uma de suas edições mais aguardadas da temporada. Com duas disputas de cinturão previstas, o UFC 317 será realizado em meio à tradicional ‘Semana Internacional da Luta’. E para além dos interesses da própria organização, o evento tende a ser crucial para o futuro de um mercado específico: o Brasil. Com representantes tupiniquins nos dois combates que envolvem títulos do show, o card numerado pode afetar diretamente os rumos do MMA no país – de forma positiva ou negativa.

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Na luta principal, Charles Oliveira enfrenta Ilia Topuria pelo cinturão vago dos pesos-leves (70 kg). Já no ‘co-main event’ da noite, Alexandre Pantoja coloca seu título entre os pesos-moscas (57 kg) em jogo pela quarta vez, contra Kai Kara-France. Sendo assim, a depender dos resultados desses confrontos, o Brasil pode ir do céu ao inferno em questão de minutos. Duas vitórias teriam potencial para reaquecer a ‘febre’ do MMA no país. Por outro lado, dois reveses esfriariam de vez o apelo da modalidade nacionalmente, além de representar uma possível e rara seca de títulos.

Novo ‘boom’?

Em 2011, o combate entre Anderson Silva e Vitor Belfort representou um verdadeiro divisor de águas para a história do MMA no Brasil. À época, o duelo dos astros locais reverberou em um extremo ‘boom’ de popularidade da modalidade em território nacional. Entretanto, desde que nomes como ‘Spider’ e José Aldo perderam seus cinturões e deixaram de ocupar os holofotes, a relevância das artes marciais mistas tem variado.

Carente de ídolos carismáticos, o Brasil viu recentemente Alex ‘Poatan’ e Do Bronx reaquecerem o mercado nacional ao se tornarem campeões do UFC. Hoje, entretanto, a dupla não detém títulos na principal liga de MMA do mundo. Até por isso, um triunfo de Charles Oliveira neste sábado pode, novamente, fazer o ponteiro da audiência se mover e, consequentemente, abrir espaço para que talentos da nova safra surjam para ocuparem tais postos no futuro.

A missão de Do Bronx, entretanto, é indigesta. Aos 35 anos, o especialista de jiu-jitsu terá pela frente possivelmente sua última chance de se tornar campeão mundial do Ultimate. Do outro lado do octógono, porém, estará Ilia Topuria – sete anos mais jovem e invicto no MMA profissional. Caso se torne o primeiro oponente a derrotar ‘El Matador’, Charles também se tornaria o primeiro ex-campeão peso-leve a reconquistar o cinturão da categoria no UFC.

Até pelo contexto apresentado, Do Bronx desponta como franco azarão para a luta principal do UFC 317. Mas foi exatamente na posição de zebra que anteriormente o brasileiro fez história na empresa e se tornou um ídolo nacional. Caso consiga repetir a façanha neste sábado, Charles tem o carisma natural e o apelo esportivo para reaquecer o mercado local de forma imediata. Sua volta ao topo, aliada com nomes como Pantoja e Poatan também em posições de destaque, poderia transformar o MMA novamente em uma febre nacional.

Seca indigesta

Assim como vitórias de Do Bronx e Pantoja podem significar um novo ânimo para o MMA nacional, derrotas de ambos no UFC 317 esfriariam de vez o mercado e, de quebra, trariam de volta uma rara e indigesta seca de títulos. Único brasileiro na condição de campeão no momento, Alexandre carrega uma responsabilidade e tanto nos ombros. Curiosamente, o atleta de ‘Arraial do Cabo’ (RJ) foi o responsável por colocar um ponto final na última seca do país no Ultimate.

Em junho de 2023, Amanda Nunes pendurou as luvas e deixou o Brasil em uma condição quase inimaginável: sem campeões ativos. Mas o jejum de títulos durou menos de um mês, já que em julho do mesmo ano Pantoja derrotou Brandon Moreno e conquistou o cinturão peso-mosca da entidade. Caso seja superado neste sábado por Kai Kara-France e Do Bronx siga pelo mesmo caminho contra Topuria, o país entraria em um novo jejum – desta vez sem uma possível data limite para acabar.

Portanto, ao entrarem em ação com o protagonismo em mãos no UFC 317, Do Bronx e Pantoja não lutarão somente por si e suas equipes. Os brasileiros competirão, sobretudo, para que os fãs voltem a se aproximar mais da modalidade, campeões e ídolos carismáticos estejam em alta e que o país volte a ocupar o lugar de potência mundial nas artes marciais mistas.

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