No próximo sábado (22), Brandon Moreno subirá no octógono do UFC 270, em Anaheim (EUA), para encarar Deiveson Figueiredo no terceiro capítulo da trilogia entre eles, desta vez como o campeão peso-mosca (57 kg) da liga, em sua primeira defesa de título. Apesar de ser o terceiro confronto seguido contra o brasileiro, o mexicano parece tentar diminuir o clima de rivalidade, postura oposta à adotada pelo ‘Deus da Guerra’.
Após perder o cinturão dos moscas para o mexicano, Deiveson optou por mudar o seu camp do Brasil para os Estados Unidos, onde se juntou à equipe do ex-campeão do UFC Henry Cejudo. No Arizona, sede do seu novo time, o paraense descobriu uma suposta ‘traição’ de Brandon Moreno e, desde então, intensificou as provocações e ameaças ao rival, incluindo uma revelação pública de uma promessa feita a Cejudo, de que ‘arrancaria a cabeça’ do mexicano.
Questionado, durante o media day do UFC 270, sobre o clima de animosidade antes do terceiro duelo contra o brasileiro, Moreno ressaltou que não leva a disputa para o lado pessoal. Em tom de deboche, o mexicano ainda se disse sortudo por ter Cejudo e Deiveson fazendo o trabalho de promoção da luta por ele, já que não se sente confortável com o tradicional ‘trash talk’ utilizado pelos atletas em tais situações.
“Eu sou um cara sortudo, eu sou um cara realmente sortudo. Porque não é natural para mim fazer o trash talk, ou falar m*** de alguém. Mas eu sou um cara sortudo porque outras pessoas fazem isso por mim. Então, esse trabalho, eles podem pegar essa parte. (…) É loucura, isso é tão falso, sabe? Quer dizer, meu respeito por eles serem os reis do ‘cringe’ (vergonha alheia)”, comentou o campeão peso-mosca do UFC, antes de completar.
“É, talvez esse seja o objetivo: acabar com esse cara. Para mim, não é algo pessoal. Ele está tentando fazer isso se tornar muito pessoal. Eu entendo, é o jeito dele de fazer negócios, e eu entendo, eu respeito isso. Mas para mim é apenas vencer essa luta, colocar um ponto final nessa falsa ‘rivalidade’ entre a gente, porque, para mim, são só negócios. Entrar na luta, conseguir uma vida melhor para a minha família, comprar uma casa maior, e é isso”, declarou.
Além do ‘trash talk’ e das provocações públicas direcionadas a Moreno, a nova parceria entre Henry Cejudo e Deiveson Figueiredo tem como claro objetivo a evolução do brasileiro como lutador, a fim de vingar a derrota sofrida para o mexicano em junho do ano passado. Mas, apesar de prever que o paraense provavelmente apresentará novas armas para o terceiro combate entre eles, o campeão afirmou que não acredita em uma versão completamente diferente do ‘Deus da Guerra’ no UFC 270.
“Um lutador completamente diferente? Não, não 100%. Mas eu espero um Figueiredo com novas habilidades, com novas armas. (…) Todas essas perguntas sobre Henry (Cejudo) e todas essas coisas estão vindo. Eu conheço o drama. Isso era algo importante para mim quando tudo começou, mas agora é tipo, eu não ligo”, concluiu Moreno, desdenhando da parceria entre Cejudo e Deiveson.
Neste sábado, Brandon Moreno e Deiveson Figueiredo sobem no octógono do UFC 270, em Anaheim (EUA), para o terceiro capítulo da trilogia entre eles. No primeiro encontro, em dezembro de 2020, o combate terminou em empate majoritário nas papeletas dos juízes, garantindo a permanência do título peso-mosca nas mãos do brasileiro. Já na revanche, seis meses depois, o mexicano levou a melhor ao finalizar o paraense no terceiro round da peleja, se consagrando como o primeiro atleta nascido no país latino-americano a conquistar um cinturão do Ultimate.