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Divulgação/UFC

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Autor de nocaute via bate-estaca no UFC diz que golpe deveria ser proibido

O nocaute aplicado sobre Matt Wiman com pouco mais de 20 segundos de luta no último sábado (5), pelo card principal do UFC Las Vegas 16, rendeu ao jovem Jordan Leavitt, de 25 anos, a estreia perfeita na principal organização de MMA do planeta, com a manutenção de sua invencibilidade na ainda curta carreira e o aporte financeiro do bônus de ‘Performance da Noite’.

Porém, apesar da satisfação por ter debutado de forma bem-sucedida no Ultimate, o peso-leve (70 kg) admite que o modo como o triunfo foi conquistado não lhe agradou completamente.Em entrevista ao site ‘TMZ Sports’, o americano, que ‘apagou’ seu adversário ao aplicar um dura queda conhecida como ‘bate-estaca’, afirmou que gostaria de ter vencido de outra forma e revelou ser a favor da proibição deste tipo de golpe no esporte.

No entanto, ainda que considere um elemento perigoso, Leavitt ponderou que, pelo mesmo ser atualmente permitido pelas regras, se viu obrigado a optar pela realização da técnica, especialmente tendo em vista a oportunidade de crescimento profissional que a vitória na sua estreia no UFC lhe traria.

“Eu acho que bate-estacas são feios e acho que eles são perigosos. Eu preferia ter vencido de qualquer outra forma. Eu estou feliz. Quer dizer, é um destaque e é bom para a minha carreira e notoriedade, mas esse não era o jeito que eu queria que acontecesse”, lamentou Leavitt, antes de completar.

“Eu também concordo 100% que o esporte seria muito mais seguro, artístico, se os bate-estacas como aquele não fossem permitidos. Mas quando você está lá dentro, quando você está no cage, você tem que decidir: ‘Eu vou pagar o aluguel nesta noite? Ou eu vou ter que pegar uma casa mais desvalorizada e colocar minha família em uma posição instável?’. Eu sinto que qualquer pessoa faria o que eu fiz nessa situação. E eu fiz o que eu tinha que fazer”, finalizou.

No MMA profissional desde 2017, Jordan Leavitt soma, até o momento, oito vitórias e nenhuma derrota em seu cartel. O peso-leve conquistou o sonhado contrato com o UFC após finalizar Jose Flores no primeiro episódio da temporada 2020 do programa ‘Contender Series’, em agosto deste ano.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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