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Diego Ribas/PxImages

UFC

Ariane Lipski comemora evolução na defesa de quedas e confiança para soltar jogo em pé

Após amargar duas derrotas consecutivas, nas quais foi facilmente derrubada e dominada na luta agarrada, Ariane Lipski precisava provar que conseguiria competir no UFC contra adversárias que tentassem levá-la para o chão. E, ainda que sua oponente no último sábado (18) não fosse uma especialista no grappling, a peso-mosca (57 kg) foi capaz de mostrar evolução na sua defesa de quedas e fazer sobressair suas mãos pesadas na luta em pé, fazendo as pazes com a vitória, ao superar a alemã Mandy Bohm, que fazia sua estreia na organização.

Na coletiva de imprensa pós-UFC Vegas 37, Ariane celebrou o triunfo e destacou a satisfação pelo desempenho apresentado por ela. Na visão da brasileira, a evolução na defesa de quedas – alcançada especialmente após mudar seu camp de treinamentos para a equipe ‘American Top Team’ – foi fundamental para que tivesse a confiança de soltar o seu jogo em pé e saísse do octógono no último sábado com uma vitória convincente sobre sua adversária, a quem impôs a primeira derrota no MMA profissional.

“Eu me sinto ótima. Sinto que eu esperei por muito tempo por esse momento. Sinto que pude mostrar todas as coisas nas quais eu tenho evoluído. Estou muito feliz com minha performance nesta noite. Eu sinto que estou ficando experiente. Como eu disse antes da luta, eu tenho lutado contra as lutadoras mais duras da minha divisão desde a minha estreia no UFC. Isso está me dando confiança”, comentou Ariane, antes de analisar sua performance mais solta no octógono.

“Minhas mãos sempre foram pesadas. Minhas oponentes sabem disso. Quando eu vim para o UFC, elas sabiam disso e aprenderam a evitar minhas mãos, me colocando no chão. Eu acho que pude mostrar mais da minha trocação por causa da minha confiança no meu grappling, na minha defesa e ataque de quedas. Sinto que a partir de agora eu vou mostrar mais a minha trocação”, afirmou.

Para auxiliar neste processo de evolução, Ariane ressalta que precisa seguir em constante atividade, e por isso, já vislumbra um rápido retorno ao octógono do Ultimate. Sem especificar um alvo, a curitibana deixou claro que pretende voltar a lutar ainda neste ano.

“O mais rápido possível. Dezembro, se eu tiver a oportunidade. Eu não tenho um nome (de adversária), mas eu quero continuar lutando. Eu sou o tipo de lutadora que melhora quando eu estou lutando”, concluiu.

Aos 27 anos, Ariane Lipski já possui larga experiência no MMA profissional, somando 14 vitórias e sete derrotas em seu cartel. A ex-campeã peso-mosca do evento polonês ‘KSW’ chegou ao terceiro triunfo no octógono do UFC, onde estreou em janeiro de 2019 e possui também quatro reveses.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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