Finalizado por Michael Chiesa no card principal do UFC Abu Dhabi, Tony Ferguson estabeleceu um novo recorde negativo, se isolando como o atleta com a maior sequência de derrotas na história da organização. O contexto parecia indicar que o veterano, de 40 anos, anunciaria sua aposentadoria após o mais recente revés – o oitavo consecutivo. Mas, ao que parece, ‘El Cucuy’ – como o americano é conhecido – ainda não está pronto para dizer adeus ao esporte.
Bastante aplaudido pelo público presente no evento do último sábado (3), Ferguson chegou a retirar as luvas após a derrota para Chiesa, como se estivesse se preparando para deixá-las no octógono – tradicional gesto repetido pelos lutadores ao anunciarem o fim de suas carreiras. Porém, ao ser entrevistado ainda no octógono por Daniel Cormier, o veterano se recusou a cravar sua aposentadoria.
“Eu não quero me aposentar, eu realmente não quero. Mas eu amo o UFC e não quero ir a outro lugar. Então, eu não vou colocar as duas (luvas) no chão, vou colocar uma. E vou manter uma, só por precaução”, declarou Tony.
Ainda não é hora
Se dentro do octógono o americano parecia indeciso em relação ao seu futuro como lutador, fora dele sua decisão parecia estar tomada. Em um vídeo de sua saída da arena rumo ao vestiário, compartilhado pelo próprio UFC nas suas redes sociais (veja abaixo ou clique aqui), Ferguson deixou claro que, no que depender dele, não vai pendurar as luvas e pretende dar continuidade na sua carreira.
“Ainda não é a hora (de me aposentar). Eu tenho muita m*** para trabalhar”, afirmou ‘El Cucuy’.
Aos 40 anos de idade, Tony Ferguson vive sua pior fase na carreira. Sem vencer uma luta desde junho de 2019, quando superou Donald Cerrone, o veterano acumula oito derrotas seguidas, pior sequência de um lutador no UFC em todos os tempos. Resta saber se a entidade dará mais uma oportunidade para o ex-campeão interino dos leves (70 kg) no octógono ou se a aparição no evento do último sábado foi a sua despedida.