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Anderson Silva relembra casos de doping: “Servi de base para mudarem o conceito”

Ex-campeão peso-médio (84 kg) do UFC, Anderson Silva retorna ao octógono neste sábado (31), quando encara Uriah Hall naquela que pode ser sua última luta na organização. Em clima de despedida, o atleta concedeu duas coletivas de imprensa na última quarta-feira e respondeu diversas perguntas sobre seus anos no esporte, inclusive sobre as vezes em que foi suspenso pelo uso de substância proibidas.

Na primeira delas, no início de 2015, Anderson viu seu triunfo contra Nick Diaz ser anulado e, nos meses seguintes, um conturbado julgamento na Comissão Atlética de Nevada resultar em sua suspensão dos octógonos por um ano. Na ocasião, o atleta alegou ter feito uso de um estimulante sexual que teria sido comprado na Tailândia.

“Não me arrependo de nada, até porque foi tudo provado. O grande problema da mídia é porque eles dão a notícia antes de ter todos os resultados e todas as provas concretas. O que aconteceu depois, é que eles viram que eu não tinha feito nenhum uso de anabolizantes que é o que eu tinha que provar”, cravou, garantindo ter superado o momento de polêmica.

Em outubro de 2017, enquanto fazia os preparativos finais para um duelo que nunca ocorreu contra Kelvin Gastelum na China, o brasileiro foi flagrado em novo teste, desta vez realizado pela USADA (agência americana antidoping). Depois de meses de investigação, a entidade reconheceu que o atleta tinha ingerido um suplemento contaminado e, por isso, sua suspensão foi reduzida para um ano – a pena máxima seria de dois anos.

“Na outra vez que também caí no doping, foi um suplemento contaminado, isso foi comprovado. Infelizmente tive que servir de base para mudar o conceito de como julgar e punir a pessoa. Hoje em dia, se alguém cai no doping o nome não é divulgado até que seja investigado até as últimas instâncias“, finalizou.

Aos 45 anos, Anderson mede forças com Uriah Hall da luta principal do card deste sábado, em Las Vegas (EUA). Embora Dana White tenha deixado claro que esta será a última luta do atleta, o Spider afirmou, repetidas vezes ao longo da semana, que “tudo pode acontecer” e que sua aposentadoria ainda não é uma certeza.

Editor da Ag Fight e colunista do UOL, Diego Ribas cobre MMA desde 2010 e atualmente mora em Las Vegas

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