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Campeões do UFC, Dricus e Poatan flertam com a possibilidade de uma superluta
Após ser desafiado no octógono, Poatan fez um acordo para enfrentar Dricus nos bastidores do UFC 312 - Louis Grasse/PxImages

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Alvo de desafio no UFC 312, Poatan aceita superluta entre campeões com Dricus du Plessis

Mesmo sem entrar em ação no UFC 312 do último sábado (8), Alex Pereira conseguiu dominar parte das manchetes do evento. Isso porque, além de acompanhar o show ao lado do rival histórico Israel Adesanya, o brasileiro serviu como corner de Sean Strickland na luta principal. E tal função fez com que ‘Poatan’ se tornasse alvo de um desafio de Dricus du Plessis, que desbancou o americano e manteve o cinturão dos pesos-médios (84 kg). Ao que tudo indica, inclusive, uma eventual superluta entre os campeões do Ultimate parece estar virtualmente acordada para o futuro. Ao menos é isto que alega o striker paulista.

Durante seu discurso após a vitória, Dricus aproveitou que Poatan estava a poucos metros de distância, no corner de Strickland e o desafiou, mesmo que indiretamente. Com o microfone em mãos, o campeão sul-africano olhou para Alex, deu dois passos para frente e bradou: ‘Não há mais ninguém (para eu lutar)?’. Atento ao cenário, Daniel Cormier rapidamente entendeu a situação e comentou: ‘Você está falando com o Alex Pereira’. A intimação vinda de Du Plessis foi compartilhada pelo UFC em suas redes oficiais (veja abaixo ou clique aqui).

Mas por algum motivo, Poatan não respondeu ao chamado e não adentrou ao octógono ou sequer se aproximou do sul-africano. Momentos depois, em entrevista à página ‘FullSend MMA’, o campeão brasileiro explicou que não havia entendido o que Dricus havia dito. E quando foi informado por Plínio Cruz, seu treinador e tradutor, se dirigiu a um encontro de Du Plessis nos bastidores do card, logo após o término do ‘main event’. Ciente de que era um alvo para ‘DDP’, Alex Pereira revelou que fez um acordo para enfrentar seu desafeto, com direito a aperto de mãos para selar a eventual superluta.

Lá em cima (octógono), vi que ele olhou para mim e falou alguma coisa. Não sabia bem, mas quando vi ele olhando, fiquei: ‘Pô, não entendo inglês’. Aí depois perguntei para o Plínio e ele disse que ele estava perguntando: ‘Quem mais? Quem é o próximo?’. Aí cheguei no corredor e falei para ele: ‘Aquilo foi para mim?’. Aí ele parou um pouco e falou: ‘Foi’. Aí respondi: ‘Então faz acontecer’. Aí ele disse: ‘Então vamos’. Perguntei: ‘Com 93 kg?’. E ele falou sim. Então estou aí, vamos fazer. Agora não depende de mim. Eu quero e ele quer, cabe agora ao UFC. Merab estava até junto, está de prova para depois ele não falar: ‘Ah vamos na minha categoria’. Porque ele sabe que é difícil para eu descer de peso. Mas ele disse com 93 kg, me intimou ali. Aí falei: ‘Então está fechado’. Apertei a mão dele e ficou acordado, vamos ver o que acontece”, revelou Alex.

Próxima luta de Poatan se aproxima

Apesar de agora ter Dricus oficialmente em seu radar, Poatan está em reta final de preparação para outro desafio em sua carreira. No dia 8 de março, no UFC 313, em Las Vegas (EUA), o campeão brasileiro medirá forças contra o russo Magomed Ankalaev. A disputa é extremamente aguardada pelos fãs e, não à toa, servirá como luta principal do evento. Desafeto público de Alex, Ankalaev é visto como possivelmente o primeiro oponente com capacidade acima da média no wrestling para tentar tirar Poatan da zona de conforto. Apesar do duelo de estilos, o russo alega que irá sustentar o embate apenas na trocação, prometendo nocautear o brasileiro e roubar seu cinturão até 93 kg.

Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

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