No último sábado (16), no UFC 296, em Las Vegas (EUA), Tony Ferguson amargou sua sétima derrota consecutiva na carreira. O resultado negativo fez com que a pressão por uma eventual aposentadoria do veterano crescesse ainda mais, entre fãs e até mesmo entre figuras importantes do meio, como Dana White, presidente da liga. Ao contrário da maré, Paddy Pimblett, mais recente algoz de ‘El Cucuy’, defendeu a posição de seu adversário e seus direitos em definir as condições nas quais pretende pendurar as luvas.
Na coletiva de imprensa pós-show, o jovem inglês elogiou o legado de Tony para o esporte e opinou que, se escalado contra adversários de menor calibre entre os pesos-leves (70 kg), o veterano pode se sair bem e ter o braço erguido. Sendo assim, Pimblett julgou como excessiva a pressão generalizada para que ‘El Cucuy’ deixe imediatamente o MMA após dedicar mais de 15 anos à modalidade.
“É uma loucura a forma que as pessoas estão dizendo para ele se aposentar. É uma decisão da pessoa que luta definir quando quer se aposentar. Ninguém nunca vai me dizer quando tenho que me aposentar, é minha decisão. Se o Tony quiser continuar entrando lá e lutando, ele pode. Acho que se você colocá-lo lá contra alguém mais baixo na categoria, como um Mark O. Madsen ou Drakkar Klose, alguém assim, ele vence eles. Ele sobreviveu (os três rounds). É um dos caras mais duros que têm por aí, tiro o chapéu para ele. É uma lenda. Ninguém deveria dizer a esse homem para se aposentar. Ele pode se aposentar sozinho, e quando ele quiser”, opinou Paddy.
De ex-campeão interino à pior fase da carreira
Em seu auge, Ferguson chegou a acumular 12 vitórias seguidas no Ultimate e conquistar o cinturão interino até 70 kg. Com um estilo imprevisível, o americano era apontado, à época, como um rival capaz de complicar a vida de Khabib Nurmagomedov dentro do octógono. No entanto, após ser agendado em cinco oportunidades diferentes, o combate nunca saiu do papel e deixou os fãs apenas imaginando como seria tal encontro.
Após sofrer com lesões e derrotas impactantes, como diante de Justin Gaethje, em 2020, ‘El Cucuy’ visivelmente diminuiu seu ritmo de performance dentro do octógono. E, já com uma idade avançada e contra adversários no auge físico, Tony amargou a pior sequência de sua trajetória, com sete reveses – o último deles contra Pimblett, no UFC 296.