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Francis Ngannou posa com as luvas da PFL nos punhos
Francis Ngannou assina contrato com a PFL - PFL/ Divulgação

PFL

Francis Ngannou revela bolsa mínima de R$ 10 milhões para seus rivais na PFL

O contrato de exclusividade no MMA assinado por Francis Ngannou com a PFL trouxe benefícios não só para ele, mas também para seus futuros oponentes na liga norte-americana. De acordo com o próprio camaronês, em entrevista ao ‘The MMA Hour’, além de um alto salário por luta, ele também conseguiu a garantia de que seus adversários no cage também recebam uma compensação financeira satisfatória.

Sem revelar os valores do seu contrato com a PFL, o ex-campeão peso-pesado do UFC não fez mistério ao expor que seus oponentes nas superlutas para as quais será escalado terão uma bolsa que já partirá dos 2 milhões de dólares (cerca de R$ 10 milhões). Este, de acordo com Ngannou, será apenas o salário base de seus rivais, podendo ser ampliado de acordo com seus poderes de negociação, patrocínios, entre outras fontes.

“Eu consegui para mim mesmo uma (bolsa) garantida muito boa, e adivinha? Eles até mesmo colocaram uma garantia para meu oponente. Meu oponente vai ter um salário base, uma garantia, de dois milhões de dólares quando nós lutarmos, isso é só uma garantia. Isso é o básico, eles talvez tenham uma vantagem para negociar, eles podem pedir por mais do que isso, mas eles vão ter um mínimo de dois milhões e, sim, nós garantimos isso. Quanto a mim, eu consegui um pouco mais do que isso, vamos dizer só isso”, revelou Francis.

Momento histórico no MMA

Além de ter sido firme em suas exigências durante as negociações pela renovação contratual com o UFC e, após tê-las negadas, ter deixado o principal evento de MMA do mundo em busca de um novo ‘lar’, Francis Ngannou provou que realmente lutava por uma causa muito maior do que sua valorização como lutador. O cuidado do camaronês em incluir esta cláusula em seu acordo com a PFL, visando uma espécie de ‘justiça salarial’ dentro da modalidade, marca um momento histórico, e raro, nos esportes de combate.

“Eu não quero entrar em uma luta com alguém que trabalha para estar nessa posição para eles me darem todo o dinheiro e poucos centavos para ele (meu adversário). Não acho isso justo. Se você está disposto a me pagar isso, mas o que mais está na mesa, o que meu oponente pode ganhar? Porque se algum cara entrar no ringue comigo hoje, ele tem que ser ‘o cara’, não há dúvida sobre isso. Independentemente do fato que você está em uma luta, você está no mesmo lado. Se eles me dessem muito dinheiro e não pagassem (bem) meu oponente… Eu não queria ter esse sentimento de que tudo era sobre mim. É sobre a luta, sobre os lutadores. Nós dois vamos atuar”, explicou o gigante africano.

Embaixador e conselheiro da PFL

Além de ser o mais novo reforço do plantel de lutadores de MMA da PFL, Francis Ngannou também passará a ocupar dois cargos de significativa importância dentro da liga a partir do acordo firmado entre as partes. A partir de agora, ele é o chairman da PFL África, organização que promoverá edições no continente africano a fim de fomentar o esporte e revelar novos talentos.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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