Na última sexta-feira (23), a PFL tomou uma decisão rara dentro do MMA. Após julgar que Natan Schulte e Raush Manfio, amigos de longa data, não cumpriram as premissas de competitividade previstas em contrato dentro do cage, a companhia optou por suspender os lutadores pelo restante da temporada. A medida consequentemente eliminou ‘Russo’ do ‘GP’ do peso-leve (70 kg), para o qual havia se classificado para as semifinais. Indignado, o curitibano contestou a forma com que a promoção lidou com a situação.
Através de suas redes sociais (veja abaixo ou clique aqui), Natan demonstrou sua insatisfação e, em uma tentativa de trazer o assunto ainda mais à tona, fez um apelo ao recém-chegado da PFL, Francis Ngannou, que se tornou uma referência no direito dos atletas de MMA desde que deixou o UFC. Eliminado, o brasileiro viu Shane Burgos ser escalado para suprir sua ausência no ‘mata-mata’ do torneio.
“Estou muito insatisfeito com a decisão que foi tomada pela PFL na última noite para favorecer a entrada do Shane Burgos nos playoffs. Vocês lembram da luta do Francis Ngannou contra o Derrick Lewis. Ele não desferiu seis socos na luta inteira e não foi suspenso por sua performance naquela noite. Então eu te pergunto, Francis Ngannou, já que você protege os direitos dos lutadores, você acha essa decisão correta?”, contestou o curitibano.
O que alega a PFL?
Amigos íntimos, Natan e Raush não protagonizaram um confronto intenso no cage, muito pelo contrário. Durante os 15 minutos de disputa, poucos golpes significativos foram lançados pelos brasileiros. Após o duelo ‘morno’, Natan levou a melhor por decisão unânime. No entanto, através de uma nota oficial, a PFL decidiu suspender ambos por alegar que os lutadores “não usaram seus melhores esforços e habilidades como profissionais” durante o combate – rompendo, desta forma, com uma regra teoricamente prevista em contrato da liga.