No fim de junho, Natan Schulte e Raush Manfio, amigos pessoais de longa data, foram suspensos pela PFL após protagonizarem um duelo ‘morno’ dentro do cage. Principal prejudicado na situação, já que ficou impossibilitado de avançar para o ‘mata-mata’ do GP dos pesos-leves (70 kg), ‘Russo’, à época, fez um apelo público para Francis Ngannou, que também faz parte do plantel da liga e se tornou uma referência na defesa dos direitos dos atletas. E, quase um mês após o ocorrido, o ex-campeão peso-pesado do UFC finalmente se pronunciou sobre o caso.
Durante recente participação no programa ‘The MMA Hour’, Ngannou revelou que teve uma conversa com membros da alta cúpula da PFL para debater o episódio. No entanto, apesar de concordar com o argumento de que Natan deveria avançar no torneio, o peso-pesado camaronês também, segundo o próprio, entendeu o ponto de vista levantado pela liga de MMA. Desta forma, no meio dos interesses de ambas as partes, o ‘Predador’ pouco pôde fazer.
“Sei do que você está falando, nós (eu e a PFL) conversamos sobre isso. Mas nessa situação, é o seguinte: ser o representante dos lutadores ou defender eles, não quer dizer que estarei no Twitter o tempo inteiro, fazendo isso e aquilo. Quando fiquei sabendo disso, tive uma conversa com a PFL, e eles me explicaram a posição deles. Mas fiquei tipo: ‘Tudo bem, mas eles (os atletas) também têm sua própria posição’. A posição do dono e dos lutadores faz sentido. No final das contas, é uma situação difícil, sejamos honestos. Realmente queria que o cara (Natan) tivesse sua chance, mas ao mesmo tempo… Não sei. Foi duro para mim ficar no meio disso”, admitiu Francis.
O que alega a PFL?
Amigos íntimos, Natan e Raush não protagonizaram um confronto intenso no cage, muito pelo contrário. Durante os 15 minutos de disputa, poucos golpes significativos foram lançados pelos brasileiros. Após o duelo ‘morno’, Natan levou a melhor por decisão unânime. No entanto, através de uma nota oficial, a PFL decidiu suspender ambos por alegar que os lutadores “não usaram seus melhores esforços e habilidades como profissionais” durante o combate – rompendo, desta forma, com uma regra teoricamente prevista em contrato da liga.