Aos 43 anos, Wanderlei Silva parece ainda não pensar em pendurar as luvas, muito pelo contrário. Mais de duas décadas depois, o brasileiro ainda não esqueceu o confronto contra o compatriota Vitor Belfort, realizado no UFC São Paulo, em 1998, e segue de olho em uma revanche contra o ‘Fenômeno’. No entanto, para a surpresa de alguns fãs, em uma outra modalidade: o boxe sem luvas.
O evento escolhido é o Bare Knuckle F.C, companhia com a qual Wanderlei tem flertado recentemente. De acordo com o ‘Cachorro Louco’, o esporte ‘raiz’ é a modalidade perfeita para acertar suas rixas dos tempos áureos do passado no MMA. E o primeiro nome para a lista do ‘acerto de contas’ de Silva é seu algoz Belfort.
“Em relação ao Bare Knuckle, fui convidado para fazer uma aparição lá. Fui convidado para assistir a luta do ‘Pezão’ contra o ‘Napão’. Eles têm números bem interessantes. Acho que finalmente achei o palco perfeito para resolver todas as minhas rixas no esporte. Só no braço, só na mão, no boxe sem luvas”, destacou Wanderlei em entrevista exclusiva a reportagem da Ag. Fight, antes de desafiar seu desafeto no MMA nacional.
“Vou lançar já o desafio que queria fazer lá no Bare Knuckle. Mandei um áudio para um dos promotores, eles estão oferecendo uma bolada, um dinheiro impressionante, mais do que estou ganhando. Falei para ele que queria muito lutar, mas com um cara em especial. Aceitaria lutar se fosse com o Vitor Belfort. Na mão seca, cinco rounds, dois minutos, só no boxe. Quero ver agora se ele é homem mesmo ou se vai correr. Achamos o lugar certo para resolver uma das rivalidades mais antigas do MMA. ‘E aí, Vitor? Vai topar ou vai correr?’”, completou o veterano.
Atualmente, Wanderlei é atleta do Bellator e se encontra no meio de um contrato com a organização americana de MMA. No entanto, na visão do brasileiro, isso não seria um empecilho para que ele possa vir a competir no Bare Knuckle F.C. De acordo com o ‘Cachorro Louco’, existem formas de manter seu vínculo com o Bellator e atuar no evento de boxe sem luvas concomitantemente.
“Tenho duas lutas, assinei um contrato de quatro lutas no Bellator, fiz duas e tenho mais duas. O meu contrato com o Bellator, não sei se dá para lutar ou não. Mas esse Bare Knuckle pode ser enquadrado como uma apresentação, um show. Pode ser considerado de uma outra maneira. Há abertura no contrato para se fazer sim. Não é luta de MMA, boxe ou muay-thai, é outro esporte, esse é o meu entendimento”, finalizou Silva, em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight.