Wanderlei Silva aceita convite para encarar Mike Tyson: “Ia entrar para nocautear”
Normalmente, para que uma luta seja realizada, três partes devem concordar com os termos estabelecidos. Os dois lutadores envolvidos no confronto e o evento disposto a promover o embate. Dito isso, falta apenas que Mike Tyson concorde em enfrentar Wanderlei Silva, uma vez que tanto o atleta brasileiro quanto o show Bare Knuckle FC já acenaram de forma positiva, para que uma disputa de boxe seja feita ainda em 2020.
Presidente do evento, David Feldman revelou ao site ‘MMA Fighting’ o interesse em colocar os dois veteranos frente a frente, e ainda cogitou uma bolsa de 20 milhões de dólares (cerca de R$ 110 milhões) para o americano. Em seguida, foi a vez do ‘Cachorro Louco’ confirmar em conversa com a Ag. Fight que ele não pensou duas vezes em aceitar o convite nesta segunda-feira (25).
“Acordei com esse belo convite do Bare Knuckle, do boxe sem luva. Me ofereceram uma quantia vantajosa. Primeiro me perguntaram se eu aceitaria, e de pronto disse que sim. Achei interessante que ele perguntou se eu teria coragem de lutar com o Tyson sem luvas. Eu disse: “Lógico”. Sou lutador desde pequeno, já lutei com os mais casca-grossas. Ele também, óbvio, mas não pegou ninguém com eu. Eu acho (risos). Pelo menos não lutou comigo”, respondeu ao risos.
Ex-campeão do extinto Pride, Wanderlei é um dos maiores nomes da história do MMA, esporte em que coleciona 27 nocautes dentre suas 35 vitórias. Por sua vez, Tyson soma 44 triunfos pela via mais rápida dentre as 50 vezes que deixou o ringue com o braço levantado. Impossível, então, imaginar um confronto entre eles que não terminasse com algum dos atletas beijando a lona.
“Parece que ofereceram 20 milhões de dólares para ele, e para mim ofereceram 10 milhões de dólares (cerca de R$ 55 milhões) e uma pequena percentagem do pay-per-view. Estimam que seja uma das lutas que mais possa vender na história”, ressaltou.
Além do fato das lutas serem realizadas sem luvas, as regras carregam algumas curiosidades. A começar pelo rinque, que possui formato circular de 6,7 metros de diâmetro. Na hora do combate em si, duas grandes diferenças em relação ao boxe tradicional: ‘dirty boxing’, ou seja, golpes durante o clinche são permitidos, além do domínio na nuca, caraterístico do muay thai, também ser liberado.
Mas mesmo sabendo que as regras do Bare Knuckle FC poderiam equilibrar as ações ao tirar ambos da zona de conforto de suas tradicionais modalidades, Wanderlei cogita até mesmo fazer um duelo tradicional de boxe com o ex-campeão peso-pesado, que aos 53 anos, dez a mais do que o brasileiro, declarou sua vontade de voltar a competir.
“Deixei em aberto. Se ele não quiser fazer sem, podemos fazer com luva. Faz no boxe normal, seria uma honra. Respeito, gosto, me inspirei muito nele, mas iria entrar para nocautear. Óbvio, nada melhor para homenagear um idolo do que nocautear ele. Era essa a homenagem que eu queria fazer para ele, nocautear o Mike Tyson”, finalizou.
Em sua última luta de MMA, Wanderlei foi nocauteado por Qjuinton Jackson em setembro de 2018. Por sua vez, Tyson não compete desde junho de 2005, quando foi superado por Kevin McBride.