A aguardada revanche entre Alexander Volkanovski e Max Holloway, pelo cinturão peso-pena (66 kg) do UFC, esteve próxima de ser fechada formalmente para acontecer no dia 6 de junho, em evento previsto para acontecer na Austrália, sob a bandeira da edição 251. No entanto, a pandemia do novo coronavírus que obrigou o Ultimate a suspender indefinidamente suas atividades atrapalhou os planos da companhia. Apesar disso, o australiano ainda vê nesse duelo a peleja ideal para sua primeira defesa de título.
Em entrevista ao site ‘MMA Junkie’, Volkanovski ainda prometeu um desfecho um pouco diferente para a revanche, caso ela aconteça. Em dezembro do ano passado, no UFC 245, o australiano conseguiu anular os pontos fortes do então campeão e derrotá-lo na decisão unânime dos juízes, destronando o rival que se mantinha há três anos como soberano do peso-pena. Se no primeiro combate o lutador se manteve fiel à estratégia para atingir seu objetivo, em uma hipotética revanche, Alexander ‘The Great’, como é conhecido, projeta finalizar o confronto antes dos 25 minutos previstos para disputas de cinturão.
“Só não foi assinado, mas eu sei que estava feliz com ele (contrato), tenho certeza que Max estava feliz também. Nós apenas não assinamos provavelmente pelo que estava acontecendo. Eles não queriam fechar nada se não soubessem, mas nós ainda não sabemos exatamente o que está acontecendo, mas não está parecendo bom. (…) Eu sei que essa é a luta que eu queria ter na Austrália. Ainda acho que é a maior luta para mim. Ainda acho que é a maior luta para a divisão. Eu ainda penso que é a maior luta para o UFC, e se nós ainda pudéssemos fazer esse card australiano em algum momento nesse ano, eu acredito que é o que os fãs australianos merecem – uma revanche, sabe? Max foi um grande campeão e eu vou me provar uma vez mais em frente à minha torcida de casa”, explicou Volkanovski, antes de completar.
“Ele é um grande lutador. Tenho muito respeito por ele como lutador – assim como meu time. Nós demos a ele o respeito que ele merece. É por isso que eu tive que seguir aquele plano de luta. Ainda acho que eu poderia ter conseguido a finalização (do combate antes do final). Eu ainda acredito que a finalização está lá. Acho que se nós lutarmos novamente, eu tenho um sentimento que eu vou lá e finalizá-lo dentro dos cinco (rounds), definitivamente. Ir lá e calar Max desse jeito, e dominá-lo na trocação é fazer realmente uma afirmação. Se alguém entende o jogo, eles sabem que não muitas pessoas podem fazer isso. Então, isso diz alguma coisa. Mas eu acredito que na próxima vez que nos encararmos, se essa luta acontecer, eu vou terminar com ele dentro dos cinco (rounds), 100 por cento”, apostou o campeão.
Apesar de sua preferência por realizar o duelo contra Holloway em seu país natal, como originalmente era programado para acontecer, Volkanovski admitiu a possibilidade de aceitar se apresentar na ‘Ilha da Luta’, como ficou conhecida a ilha particular que está sendo preparada pelo UFC para receber alguns dos seus eventos durante a pandemia do COVID-19. A única condição imposta pelo campeão seria ter a chance de realizar parte de sua preparação já no local.
“Se essa coisa da ilha é legítima, e eles podem me colocar nessa ilha para fazer meu camp e depois lutar, eu estou dentro. Me dê um pequeno camp lá com meu time, até mesmo se forem os garotos da City Kickboxing, mesmo se todos nós estivermos no mesmo card. Todos nós podemos fazer os camps com o outro na ilha, e depois nós lutamos – 100 por cento eu vou aceitar se for assim. Eu acho que isso seria surreal. Mas nós apenas não sabemos o que está acontecendo”, concluiu.
Aos 31 anos, Alexander Volkanovski soma 21 vitórias e apenas uma derrota em sua carreira no MMA profissional. Pelo UFC, o australiano possui oito resultados positivos desde sua estreia na liga, em novembro de 2016. Por sua vez, Max Holloway acumula 21 triunfos e cinco reveses, dois desses em suas últimas três lutas no octógono mais famoso do mundo, contra Volkanovski, quando perdeu o título dos penas, e diante de Dustin Poirier, ao disputar o cinturão interino do peso-leve (70 kg).