Volkanovski coloca uma longa sequência de vitórias em jogo contra Aldo – Fábio Oberlaender
Alexander Volkanovski é atualmente um dos grandes prospectos dos pesos-penas (66 kg) do Ultimate. No entanto, neste sábado (11), o australiano estará diante de um oponente que se mantém no topo da categoria há uma década – e parece estar ciente disso. Durante o ‘media day’ do UFC Rio, ‘The Great’, como é conhecido, foi só elogios à Jose Aldo.
Perguntado pela equipe de reportagem da Ag Fight sobre qual a sensação de enfrentar o brasileiro, Volkanovski não minimizou sua admiração por Aldo. Além de elogiar seu legado no MMA, o australiano apontou o ‘Campeão do Povo’ como o maior lutador da divisão até 66 kg de todos os tempos.
“É uma honra, realmente é. Não tenho nada além de respeito pelo Aldo, por tudo que ele fez. Ele fez grandes coisas, acredito que ele seja o melhor peso-pena de todos os tempos. O Max obviamente está fazendo um grande trabalho, mas ainda não dá para comparar. Aldo ainda é o melhor de todos hoje. No entanto, os tempos mudam, o esporte está evoluindo, e acredito que estou evoluindo junto. Ele continua sendo aquele cara perigoso, explosivo, um cara que é difícil de colocar para baixo. Estou indo preparado para isso tudo. Mas ao mesmo tempo isso tudo pode se voltar contra ele, e é isso que pretendo fazer. Tentar surpreendê-lo, colocar pressão para vencê-lo”, afirmou Alexander.
Bem-humorado, Volkanovski comentou sobre a possível hostilidade que enfrentará na ‘Jeunesse Arena’ no sábado à noite. De acordo com ele, a torcida contra faz parte da experiência de vir para o Brasil atuar – de suas 20 lutas como profissional, o atleta da ‘Freestyle Fighting Team’ só performou fora da Austrália cinco vezes. E, ao menos nas declarações, sem preocupações quanto a isso, Alexander propôs um programa pós combate pouco convencional para Aldo.
“Você ouve muitas histórias, de que as pessoas falam que você vai morrer, essas coisas. Como diz mesmo? ‘Uh vumaê’ (tentando falar Uh, vai morrer). Eu já tenho meio que isso na minha cabeça (risos). Provavelmente vão cantar isso quando eu entrar lá e eu vou dar uma aquecida, mas provavelmente vou ignorar, estarei com um grande sorriso no rosto, porque isso faz parte da experiência da batalha como um todo. Os fãs aqui são muito apaixonados, e tenho certeza que eles não querem que eu morra lá dentro. Vou lá fazer meu trabalho. E tirando isso, sei que os brasileiros são muitos respeitosos, acho que devo receber o respeito do público depois da luta. Eu e Aldo apertando as mãos, indo comer um hambúrguer na sua hambúrgueria, por que não? Nunca se sabe”, brincou o australiano, em conversa exclusiva com a Ag Fight.