Na melhor fase de sua carreira, com seis vitórias seguidas no Ultimate, Vicente Luque finalmente teve seu pedido de encarar um rival de renome atendido pela companhia. O brasileiro enfrenta Stephen Thompson, que já lutou pelo cinturão dos meio-médios (77 kg) em duas oportunidades. Mas apesar do currículo exemplar, o americano não vive uma boa fase – já são duas derrotas consecutivas -, e o ‘Assassino Silencioso’ pretende tirar proveito disso.
Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag. Fight, Vicente declarou que os últimos reveses de ‘Wonderboy’ puseram algumas brechas de seu jogo em evidência. Portanto, o brasileiro pretende seguir o ‘caminho das pedras’ para anular o estilo mais técnico de trocação de seu rival deste sábado (2), no UFC 244, em Nova York (EUA).
“Eu estudei bastante as últimas lutas dele, até a do Pettis, que foi a última. Acho que a brecha dele, na verdade, o momento que ele fica desconfortável é quando o cara realmente quer pressionar ele, no momento em que atacam ele. Porque ele luta em uma distância muito grande, é até desconfortável atacar um cara que está longe, por isso ele fica naquele conforto: ‘Sei que não vão me atacar, então vou ficar pontuando e se achar um golpe, vou nocautear’. Então o segredo é essa pressão, tirar essa distância, acabar com o conforto e trazer a luta para cima dele, não respeitar aquela distância e a movimentação dele”, analisou Luque, antes de revelar familiaridade com a especialidade de seu adversário.
“É uma característica do caratê, eu há muito anos, na infância, treinei caratê. Então lembro um pouco disso. Realmente quando o cara continua vindo (para cima) é desconfortável. Ainda mais para ele, que é bem fiel ao caratê, vai ser um desconforto tremendo o cara que pressionar ele”, completou o brasileiro.
Atual número 14 do ranking e sem saber o que é perder desde março de 2017, Vicente admite que, apesar de já vir pedindo um adversário de peso há alguns meses, o momento do UFC 244 foi o ideal. E agora, o atleta da ‘Cerrado MMA’ busca passar pela sua maior ‘prova de fogo’ dentro da organização e confirmar a boa fase para sonhar com objetivos ainda maiores na próxima temporada.
“Pessoalmente eu acho que demorou (para me oferecerem uma grande luta), mas ao mesmo tempo paro e penso que foi o timing perfeito para eu pode evoluir e trabalhar qualquer brecha que eu ainda tivesse, sinto isso. A cada luta venho evoluindo, por isso consegui ter essa sequência. Agora é o momento perfeito para enfrentar alguém ali dentro do top 10 para realmente mostrar que eu mereço estar dentro desse ranking e correr atrás do cinturão”, concluiu o meio-médio de apenas 27 anos.