Na última segunda-feira (16), o Ultimate anunciou o cancelamento de três eventos programados para março e início de abril, como medida de precaução devido à pandemia global de coronavírus. Dessa maneira, diversos lutadores ficaram sem lutas e não sabem quando estarão em ação novamente. Esse foi o caso do brasileiro Vicente Luque, que atuaria no dia 11 de abril contra Randy Brown.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, o brasileiro destacou que o momento é de união de todos pelo perigo que esse vírus traz. O peso-meio-médio (77 kg) adiantou que o Ultimate vai remarcar todos os duelos envolvidos, mas revelou que a data ainda é uma incógnita. Além disso, com as academias fechadas em Brasília (DF), cidade em que mora, ele revelou que tem se virado para se manter em forma.
“Não temos previsão de nada. É difícil saber. Não sabemos como os governos estarão agindo com essa situação. Por enquanto minha opção é continuar treinando da maneira que dá. Com as academias fechadas, no máximo faço uma manopla em parques, áreas abertas sem ninguém perto. É manter a forma do jeito que dá para estar pronto quando chamarem”, revelou o ‘Assassino Silencioso’.
Apesar de não ter ideia de quando vai atuar novamente, o brasileiro fez um apelo para poder se recolocado em algum evento perto da data que lutaria. Luque se mostrou empolgado com a proximidade do UFC São Paulo, dia 9 de maio, e se botou à disposição para integrar o card, mesmo que ele aconteça, assim como em Brasília, de portões fechados para o público e boa parte da imprensa.
“O quanto antes e mais perto de abril, que seria quando eu ia lutar seria ótimo Tudo dando certo e podendo fazer o evento em segurança, o UFC São Paulo seria ótimo. Eu até toparia sem público. Claro que é mais divertido com a torcida, mas é nosso trabalho e temos que estar prontos para lutar em qualquer situação. Em Brasília estive com o ‘Durinho’ e vi como era uma situação única. Pouca gente no ginásio, fazia a atadura no hotel. Só entrava lá para lutar”, contou.
Os lutadores do Ultimate só recebem salário quando lutam. Dessa maneira, com o cancelamento de eventos, isso pode prejudicar a saúde financeira dos atletas. Mas, segundo Vicente, ele ainda está em uma situação tranquila, já que se manteve bem ativo e poupou dinheiro para o futuro.
“Por enquanto não falaram nada (sobre alguma compensação financeira), mas é comum no UFC, quando um lutador fica muito tempo sem lutar, eles darem uma espécie de bônus, para incentivá-lo a continuar. Eles dão esse suporte. Minha sorte é que fiz muitas lutas em 2019 e consigo dar uma segurada a mais. Mas tem gente sofre”, completou o brasileiro.