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Vicente Luque explica entrada no UFC 249 e finaliza camp com ‘Durinho’ nos EUA

Vicente Luque busca reencontrar o caminho da vitória no UFC 249 – Leandro Bernardes

Inicialmente, Vicente Luque subiria no octógono no dia 11 de abril, diante de Randy Brown, em Portland. No entanto, com a explosão da pandemia de coronavírus, seu evento foi cancelado e o brasileiro ficou sem compromisso. Para sua sorte, o Ultimate agiu rápido e colocou o meio-médio (77 kg) para atuar novamente, só que dessa vez no UFC 249, no dia 18 de abril, ainda sem local confirmado. Para isso, porém, outro adversário foi escalado para enfretá-lo: Niko Price, a que o brasileiro já venceu no ano de 2017. Apesar de todas essas alterações, o lutador não escondeu a satisfação de poder se apresentar neste mês e ressaltou que conta com uma grande ajuda na reta final de camp.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, o lutador revelou que já está nos Estados Unidos, país que vai receber o evento. Vicente admitiu que preferiu viajar o quanto antes para seguir as orientações da franquia e assim poder finalizar seus treinamentos ao lado do amigo e colega de equipe Gilbert ‘Durinho’, no estado da Flórida. Com tamanha restrição no Brasil, o atleta garantiu que vai manter melhor ritmo de treinos com o compatriota.

“Me mantive preparado porque sabia que podia surgir uma chance, e estava acompanhando que o UFC queria fechar o card para o dia 18 de abril e não sabia quando tudo voltaria ao normal, mas podiam me chamar. No último fim de semana me chamaram, eu já estava falando com meu empresário e existia essa chance de lutar no dia 18. Quando foi confirmado que ia ter luta fechou tudo e vim aqui para os Estados Unidos para treinar na casa do (Gilbert) ‘Durinho’, já que ele tem todos os equipamentos na garagem dele e podemos treinar juntos”, disse o atleta, emendando.

“Já estou aqui nos Estados Unidos desde o último fim de semana, por uma recomendação do UFC e minha também, principalmente por essa questão de treinos. Aqui é melhor do que estava no Brasil, porque tenho um companheiro que me ajuda. No Brasil estava em casa e meus treinadores passam treino por vídeo. Mas o UFC também disse para eu vir logo com medo de fecharem as fronteiras todas”, completou o meio-médio.

Vicente Luque tem dez vitórias e três derrotas no Ultimate – Leandro Bernardes

O UFC 249 ainda é cercado de muitos mistérios. Há algumas semanas, o presidente do Ultimate, Dana White, tem garantido a realização do show, contrariando todas as recomendações e leis de alguns estados dos Estados Unidos, que pedem a quarentena. Uma das saídas para o mandatário seria usar um cassino localizado em uma reserva indígena, justamente por essa área não precisar do aval de alguma comissão atlética. Vicente Luque também contou que a localização do show segue como incógnita até mesmo para os competidores.

“Ainda não me falaram nada (sobre onde vai ser o evento). No contrato tinha o dia, o adversário, mas sem o local. Estou nessa expectativa (risos). Acho que pode ser nessa reserva, que será mais fácil. Tinha visto um negócio de ilha também, mas acho que vai ser complicado isso. Eles também não adiantaram nada sobre isso (se vai ter exame para os lutadores ou não), mas imagino que vão tomar todas as precauções necessárias. Eu faço sempre a minha parte para me manter seguro. Mas eles vão fazer o máximo para manter nossa segurança”, adiantou o brasileiro.

Apesar de estar ciente da questão do COVID-19 e tomar todas as precauções necessárias para se manter saudável, Vicente valorizou o fato de integrar um evento que vai chamar a atenção de todo o mundo. Já que praticamente todos os esportes interromperam suas ligas, o UFC será a única saída para o público ver algum entretenimento na TV. Dessa maneira, o brasileiro destacou que pode aproveitar essa chance para ganhar mais fãs.

“Esse evento vai ser histórico. Acho bom eu estar presente porque como todo mundo está em casa, quase não tem esporte para ver, todos vão ficar de olho. Vamos dar um entretenimento para eles. Eu me sinto valorizado por integrar esse card. Eu sempre estou pronto, não é a primeira vez que pego uma luta assim e o UFC sabe que pode contar comigo sempre, pois faço boas lutas e tenho um estilo e agrada muita gente”, disse, antes de admitir não saber o motivo da mudança do seu adversário, mas aprovar uma nova luta diante de Niko Price, principalmente pelo momento do rival.

“Quando me chamaram ainda não tinha adversário. Iam tentar o Randy Brown ou outro cara. Não sei porquê não foi ele, se ele quis ficar com a família, então acabaram colocando o Price. Acho que ele já tinha luta marcada também, estava preparado e fez sentido. Lutamos em 2017, mas ele vem evoluindo, vem de grande vitória sobre o James Vick e nossos estilos casam, buscando sempre o nocaute”, finalizou o número 13 do ranking .

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