Kamaru Usman segue imparável nos meio-médios (77 kg) do UFC. Na edição de número 268, que aconteceu no último sábado (6), em Nova York (EUA), o campeão da categoria enfrentou Colby Covington novamente e defendeu o cinturão pela quinta vez ao vencer na decisão unânime dos juízes. Contudo, mesmo em vantagem na rivalidade, ‘The Nigerian Nightmare’ revelou que não seria contra a realização de uma possível trilogia com o desafeto no futuro.
Na coletiva de imprensa pós-UFC 268, Usman reconheceu que Covington é um oponente de valor e elogiou a transformação que o rival apresentou da primeira luta, realizada em 2019, para a que aconteceu em 2021. Vale lembrar que, mesmo em posição delicada no segundo round, quando sofreu dois knockdowns, o americano sobreviveu e foi capaz de levar perigo ao seu carrasco.
Como classificou desafeto como um lutador de alto nível, o campeão dos meio-médios da companhia deu a entender que é questão de tempo para o mesmo alcançar o status de desafiante ao título da categoria pela terceira vez. Inclusive, o ‘Chaos’ já foi dono do cinturão interino. O posicionamento de Usman bateu com o de Dana White, que afirmou que Covington seria o rei da divisão, caso o atual líder dela não existisse. O nigeriano foi além e explicou que evolui a cada luta por ter um antagonista tão dedicado quanto o americano.
“É muito difícil não ficar empolgado quando você machuca alguém assim, mas ele fez o dever de casa e foi para um bom time. Esses caras da ‘MMA Masters’ são bons treinadores e o prepararam bem. Ele permaneceu muito equilibrado e muito controlado. É por isso que ele não foi para cima, porque eu teria golpeado e nocauteado. Como competidor, eu o respeito. Esse é o próximo melhor cara da divisão. Não me surpreendeu ele conseguir voltar. Ele é um grande competidor. Eu sei disso, nós dois sabíamos disso. Não me surpreendeu. É por isso que eu tive que ficar calmo e ouvir meus treinadores, porque eu realmente queria nocautear. Quando começo a me sentir um gigante ali, viro um tanque, mas entendo que neste jogo se trata de usar a parte mental”, declarou o campeão do UFC, antes de completar.
“Nós somos fisicamente privilegiados e estamos preparados. Fiquei calmo e fiz o trabalho. Não há decepção por não nocautear. Esse cara é muito duro, muito difícil. Vamos ser honestos, Muhammad Ali precisava de um Joe Frazier. Você pode ser o maior, mas sempre haverá aquele cara que será capaz de exigir de você e ele é esse cara. Por mais que, fora do octógono, a maioria das pessoas não goste dele, inclusive eu, você tem que respeitá-lo como um competidor. Não sei se vamos lutar de novo, mas esse cara é durão. Ele vencerá muitos caras da divisão. Veremos. Depende dele. Se ele estiver disposto a fazer o trabalho e voltar aqui, se eu ainda estiver aqui, faremos acontecer”, concluiu.
Por mais que parte dos lutadores evite enfrentar adversários que derrotou anteriormente, Kamaru Usman não vê problemas em premiar seus principais antagonistas com revanches. O campeão dos meio-médios do UFC encarou Colby Covington e Jorge Masvidal em duas oportunidades e não descartou duelar com Gilbert ‘Durinho’ e Leon Edwards pela segunda vez no octógono.