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UFC promove evento galático para vencer queda de braço contra pandemia

UFC promove primeiro evento na ‘Ilha da Luta’ neste sábado – Natassia del Frate/PxImages

Meses atrás a tal ‘Ilha da Luta’ chegou a ser desacreditada. Em meio à pandemia global do coronavírus, Dana White, presidente do UFC, prometia levar atletas do mundo todo para um local desconhecido onde poderia realizar eventos sem problemas com restrições de fronteiras ou casos de contaminação da COVID-19. E neste sábado (11), finalmente, o sonho do dirigente se tornará realidade.

Para isso, porém, muitos milhões foram gastos. Não apenas com a montagem de uma estrutura gigante em Abu Dhabi, mas também com o deslocamento de diversos profissionais das mais variadas localidades e com um protocolo rígido para garantir a segurança dos envolvidos. Por fim, um card histórico com três disputas de título tem a missão de atrair atenção suficiente de fãs para fazer com que o evento seja financeiramente viável.

Claro, o fato das demais ligas esportivas americanas estarem paralisadas aumenta a carência por shows e facilita a venda do evento do UFC. Mas os repetidos casos de contaminação entre atletas e treinadores levantou sinal de alerta que, vejam só, chegou à luta principal da edição 251. O brasileiro Gilbert ‘Durinho’, escalado para disputar o cinturão dos meio-médios (77 kg) contra Kamaru Usman, testou positivo para a COVID-19 e liderou uma lista que inclui Pedro Munhoz, Vinicius ‘Mamute’, Anderson ‘Berinja’, um treinador de Raulian Paiva e um parceiro de Marina Rodriguez – todos escalados para competir em Abu Dhabi – Deiveson Figueiredo também testou positivo e espera o resultado de um segundo exame.

Ao mesmo tempo, sabendo da possibilidade de imprevistos e das numerosas críticas que sofreria por levar adiante a ideia do evento, Dana White preparou um card explosivo. Ex-campeões como José Aldo, Max Holloway, Rose Namajunas e Jéssica ‘Bate -Estaca’ dividem espaço com novos nomes de peso como Petr Yan, Amanda Ribas e Volkan Oezdemir. Só assim para manter as manchetes sob controle.

Mas o risco ainda existe. Com mais três edições programadas para o local, o UFC depende do sucesso deste primeiro show para “bancar” possíveis problemas que possam vir em relação aos próximos cards. E como trunfo nessa queda de braço, nada melhor do que contar com o midiático Jorge Masvidal, que dias atrás clamava por aumento salarial e que agora aceitou substituir o brasileiro Durinho na luta principal do evento em cima da hora.

Editor da Ag Fight e colunista do UOL, Diego Ribas cobre MMA desde 2010 e atualmente mora em Las Vegas

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