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UFC e USADA estipulam mudanças drásticas na política de controle antidoping

Com o número cada vez maior de atletas flagrados com substâncias proibidas em seus exames em razão de suplementos contaminados, o UFC adotou mudanças drásticas em sua política de controle antidoping. Nesta segunda-feira (25), o Ultimate, em conjunto com a USADA (agência antidoping americana), divulgou a adoção de novas diretrizes que visam proteger os lutadores de um possível caso de doping involuntário.

Dentre as novas regras se destaca a maior permissividade quanto a algumas substâncias comumente encontradas em suplementos contaminados, através de um limite estabelecido, em que não se considere a concentração da mesma no organismo do atleta como suficiente para que garanta melhora em seu desempenho. Com isso, os lutadores que forem flagrados com vestígios dessas substâncias em seus testes terão seus casos considerados ‘atípicos’ e poderão dar prosseguimento em suas carreiras enquanto a USADA investiga caso a caso, desde que os níveis de concentração encontrados estejam abaixo do patamar delimitado.

A nova norma, porém, não inocentará todos os atletas flagrados no antidoping com substâncias proibidas, mesmo dentro deste novo limite estabelecido. Em cada ocorrência, a entidade abrirá uma investigação e caso julgue que a ingestão se deu de maneira intencional, o lutador poderá ser punido.

“Colocar em prática um programa antidoping justo com o devido processo de proteção é integral para ter um programa forte e compreensível. Uma combinação de contaminações de baixos níveis generalizada em nosso ambiente e o aumento no nível de sensibilidade nos testes antidoping nos laboratórios criou uma necessidade explícita para os (diversos) níveis que concentram as decisões tenham certeza que o programa está penalizando os trapaceiros intencionais e não aqueles atletas que tem aderido fielmente à política de antidoping”, declarou Jeff Novitzky em um comunicado, de acordo com o site ‘MMA Junkie’.

Além desta mudança, o programa antidoping do UFC também recomenda que os atletas utilizem apenas suplementos que foram aprovados pela lista da USADA de cinco agências de certificação diferentes. Neste caso, se um atleta provar que a substância proibida encontrada em um exame seu foi proveniente destes suplementos certificados, ele não receberá nenhuma sanção.

Ainda em cima deste tópico, o Ultimate criou uma parceria com a empresa ‘Thorne’, para que esta forneça suplementos certificados aos atletas de seu plantel através do UFC Performance Institute (UFC PI).

Recentemente, Nate Diaz foi liberado para competir na luta principal do UFC Nova York, em novembro deste ano, após ser flagrado em um exame antidoping devido a um suplemento contaminado a poucos dias do evento. O caso do americano talvez tenha sido um prelúdio para as novas mudanças confirmadas nesta segunda-feira, especialmente com o número cada vez maior de atletas testando positivo pelo mesmo problema.

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