Mesmo com a transferência de Francis Ngannou do UFC para a PFL, uma potencial superluta entre o camaronês e Jon Jones continua presente na lista de desejos de grande parte da comunidade do MMA. E para Eric Nicksick, treinador do gigante africano, o duelo ainda pode sair do campo da imaginação e se materializar.
Em entrevista ao site ‘MMA Junkie’, Nicksick mostrou otimismo ao comentar sobre as chances do combate envolvendo seu pupilo, Ngannou, e ‘Bones’ ser realizado. Na visão do renomado treinador, nem mesmo a firmeza de Dana White ao se posicionar contrariamente a casamentos de lutas entre atletas do seu plantel com lutadores de companhias rivais pode ser encarada como um obstáculo intransponível.
Isso porque, para o ‘head coach’ da equipe ‘Xtreme Couture’, o dinheiro envolvido na promoção de uma disputa com este nível de interesse por trás seria tão abundante que deixaria o presidente do UFC sem opção a não ser voltar atrás nas suas convicções. Vale lembrar que Jones é amplamente considerado um dos maiores lutadores de MMA de todos os tempos, enquanto Ngannou ganhou muita popularidade nos últimos tempos – com o título peso-pesado do Ultimate, a assinatura do contrato milionário com a PFL e sua aventura no boxe, onde enfrentou dois astros da modalidade, Tyson Fury e Anthony Joshua.
“Eu sou muito otimista quando se trata dessas coisas e eu acho que o dinheiro fala, sabe, e você tem as pessoas certas por trás. Obviamente, nós temos uma boa relação com a Arábia Saudita, e eu sei que Dana e o UFC estão trabalhando bem com eles, então o dinheiro fala. Sem querer desrespeitar Dana, mas ele tem um chefe também. Então, alguém diz: ‘Cara, isso é muito dinheiro. Vamos fazer isso. Deixe seu ego de lado'”, opinou Eric Nicksick.
Ngannou vs Jones
O confronto entre Francis Ngannou e Jon Jones começou a ser especulado quando ambos ainda faziam parte do plantel de atletas do UFC. À época, o camaronês era o campeão dos pesados e o americano – que durante anos dominou os meio-pesados (93 kg) – havia anunciado sua subida para a categoria de cima. A disputa, no entanto, nunca se concretizou, por diferentes motivos.
Inicialmente, o entrave foi a demora no processo de ganho de massa por parte de ‘Bones’, que o deixou sem lutar por três anos. Quando finalmente o americano estava apto a competir novamente, Ngannou se encontrava em litígio com o UFC após não aceitar os termos propostos pela entidade para sua renovação contratual. As divergências entre as partes não se resolveram e o camaronês foi destituído do seu título – posteriormente conquistado pelo próprio Jones -, deixou a organização presidida por Dana White e assinou com a PFL.