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Thiago ‘Pitbull’ justifica acerto com Bare Knuckle FC pelo bem estar financeiro da família

Thiago Pitbull é ex-desafiante ao título meio-médio (77 kg) do UFC – Leandro Bernardes

Depois de passar 18 anos competindo no MMA profissional, sendo 14 deles no UFC, Thiago ‘Pitbull’ fará a migração para uma nova modalidade: o boxe sem luvas. O brasileiro assinou um contrato de múltiplas lutas com o Bare Knuckle FC após receber uma proposta financeiramente vantajosa. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o lutador se mostrou empolgado com o novo desafio e admitiu que a tentadora oferta feita pela organização trará uma longa estabilidade financeira à sua família.

Após disputar sua última luta pelo Ultimate em dezembro de 2019 – quando foi derrotado por Tim Means – e ficar livre no mercado, Thiago chegou a negociar com o Bellator e com o PFL, porém o Bare Knuckle FC ofereceu ao atleta cearense a oportunidade de garantir o futuro de sua família. Animado com o ingresso no novo esporte, ‘Pitbull’ relembrou o início de carreira, no qual competiu em eventos que permitiam combates sem luvas, para minimizar o impacto da transição. Além disso, o brasileiro citou o tamanho diminuto das proteções no MMA para justificar seu otimismo quanto à sua adaptação no boxe sem luvas.

“A negociação com o Bare Knuckle foi bem tranquila. Eu falei o que eu queria, eles me deram exatamente o que eu queria. São três lutas por ano (no contrato). Graças a Deus essa proposta vai me dar a oportunidade de deixar minha família tranquila para o resto da vida. Estou amarradão para lutar sem luva. Eu lutei MMA sem luvas no Brasil, cinco vezes, com as regras do Pride, mas faz tempo. Acho que não tem muita diferença entre sair na mão com a luvinha de MMA e sem luva, mas eu vou estar preparado”, explicou Thiago, antes de revelar que já está se preparando para se adaptar na nova modalidade.

“Já estou treinando sem luva, deixando minha mão mais forte para poder partir a cabeça de vagabundo quando eu socar eles. Acho que não vai ter muita diferença, até por eu estar acostumado com luva de quatro onças. A diferença maior é para quem luta boxe ou kickboxing, que está acostumado com uma luva maior”, ressaltou o lutador.

Com o acerto com o Bare Knuckle, o brasileiro afasta de vez a possibilidade de se aposentar em breve, como vinha cogitando. Além disso, Thiago precisou adiar seu sonho de infância de se tornar policial, ao qual estava se preparando para realizar. De acordo com ele, grande parte do trâmite necessário para entrar na polícia americana já foi realizado, restando apenas o envio de seu formulário de aplicação para algum departamento policial visando sua contratação, algo que ficará pendente enquanto o lutador se mantiver ativo na organização de boxe sem luvas.

“Em relação à polícia, eu passei em tudo que tinha que passar (testes) e ia mandar minha aplicação, mas como eu recebi essa proposta boa é isso que eu vou fazer. Como eu já passei por tudo que tinha que passar, depois que eu fizer essas minhas três lutas, se a proposta (para continuar) for melhor eu ainda posso adiar (o sonho de entrar na polícia) mais um pouco. Mas o bom da polícia é que eu sou novo ainda, tenho 36 anos, então se eu entrar no final do próximo ano, eu vou estar com 37 (anos) ainda, e está tranquilo. O foco agora é garantir o futuro da minha família, mais ainda, até para poder entrar para a profissão de policial bem mais tranquilo”, finalizou.

Apesar de ainda não ter a confirmação oficial de quando fará sua primeira apresentação no Bare Knuckle, Thiago ‘Pitbull’ deve estrear pela entidade nos próximos meses. A contratação do brasileiro vem de encontro com a política da organização que tem buscado cada vez mais ex-atletas do UFC para o seu plantel. Em seu próximo evento, marcado para o dia 15 de fevereiro, em Fort Lauderdale, na Flórida (EUA), o cubano Hector Lombard, também com passagem pelo Ultimate, fará seu debute na liga de boxe sem luvas.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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