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T.J. Dillashaw reconhece erro após caso de doping: “Vendi minha alma ao diabo”

Janeiro de 2019 poderia ter sido o melhor mês da carreira de T.J. Dillashaw, mas acabou se tornando o pior deles. Então campeão dos pesos-galos (61 kg), o americano desceu de categoria para encarar o rei dos pesos-moscas (57 kg) Henry Cejudo e tentar unificar os cinturões. No entanto, além de ser rapidamente nocauteado, o atleta foi flagrado em exame antidoping. O uso da substância proibida eritropoietina (EPO) fez com que o lutador pegasse um gancho de dois anos do MMA – atitude esta que o próprio reconhece como um erro.

Em participação no programa ‘Ariel Helwani’s MMA Show’, Dillashaw revelou detalhes do intenso processo de corte de peso que precedeu o confronto diante de Cejudo. Dez meses após ser flagrado pela USADA (agência antidoping americana), o atleta da ‘Treigning Lab’ admitiu o erro e afirmou que vendeu a alma ao diabo, ao fazer uso de substâncias proibidas de aumento de performance.

“Tomei um medicamento para anemia chamado Procrit, que era o principal ingrediente da eritropoietina (EPO) Isso ajuda a reconstruir as células sanguíneas. Quando você se torna anêmico, seus glóbulos vermelhos começam a despencar e você perde energia. Eu estava em uma dieta super restrita de 1600 calorias por dia e treinando muito. Eu forcei meu corpo para limites extremos. Estava chegando naquele peso mínimo, onde tudo estava me afetando. Não queria acordar e treinar de manhã. Tinha que perder muito mais peso e não queria ir mais na academia. Não queria correr nem fazer as coisas que deveriam ser feitas”, detalhou T.J., antes de admitir o erro cometido.

“Fui testado com um exame antidoping e decidi que seria capaz de ficar limpo até a luta. Mas depois eu f*** tudo e tomei aquela decisão. Queria resistir até a luta, queria fazer algo impensável, e deixei isso tirar o melhor de mim. Sem desculpas. Cometi o erro de querer fazer algo que não deveria ter sido feito. Vendi minha alma para o diabo e agora tenho que me reconstruir e lidar com isso”, completou o americano.

Mesmo com o desejo de retornar o quanto antes aos octógonos, Dillashaw terá que esperar até o fim de sua supensão. O atleta de 33 anos só poderá voltar à ativa no UFC em janeiro de 2021.

Editor da Ag Fight e colunista do UOL, Diego Ribas cobre MMA desde 2010 e atualmente mora em Las Vegas

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